22/10/2024
Isis Breves (FMA/VPAAPS)
Nos dias 8 a 10 de outubro, a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da Fiocruz promoveu a 2ª Conferência de Promoção da Saúde. Com uma programação extensa e diversa, o evento teve a finalidade de fortalecer o desenvolvimento de ferramentas teórico-metodológico, o trabalho em rede colaborativas e intersetoriais e a tradução de produção científica e de projetos de ação territorial e, promoção da saúde na Fiocruz. A Fiocruz Mata Atlântica (FMA) levou relevantes temáticas dos projetos e ações desenvolvidas no território do campus, campus situado na maior floresta urbana do mundo – Floresta da Pedra Branca, localizado na zona oeste do Rio, o qual as suas pesquisas contribuem para conservar a biodiversidade e a promoção da saúde no território.
Foto: Natalia Odenbreit
O jogo de tabuleiro #TAMOJUNTO apresentado através da pesquisa “O lúdico na promoção da saúde com adolescentes e jovens: empatia e comunicação não violentam no jogo de tabuleiro #TAMOJUNTO”, desenvolvido pelo Núcleo de Convívio da FMA, o qual o objetivo é estimular a autoconhecimento e a empatia por si mesmo, em relação aos outros e á natureza e nosso planeta para atuais e futuras gerações. “O jogo coloca em pauta, de forma lúdica, a diversidade de percepções suscitadas a partir de situações disparadores que podem deflagar respostas automáticas ou escolhas conscientes Promove diálogos e reflexões coletivas sobre percepções, comportamentos e atitudes cotidianas”, explica Flávia Passos Soares, Coordenadora do Núcleo de Convívio da FMA e idealizadora do jogo #TAMOJUNTO que está sendo testado em pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IOC/Fiocruz e está sendo desenvolvida no âmbito de um projeto de extensão da FMA que trabalha diálogos e mediação de conflitos para a promoção da saúde. O público-alvo são adolescentes e jovens de 15 a 29 anos e adultos com interesse em participar voluntariamente.
As iniciativas “Sala Verde- Diálogos em Biodiversidade, Ambiente e Saúde” e “Trilha Interpretativa Fiocruz Mata Atlântica”, estão nos resumos aprovados para os anais da Conferência. A Sala verde é um importante espaço de articulação entre diferentes atores do território adjacente ao Parque Estadual da Pedra Branca, sendo essencial na abordagem da educação ambiental e conservação da biodiversidade, incentivar o desenvolvimento sustentável, incluir social e culturalmente a comunidade e apoiar a pesquisa e o desenvolvimento. Uma sala chancelada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Foto: Natalia Odenbreit
A Trilha Interpretativa é uma importante atividade de educação ambiental no contexto da maior floresta urbana do mundo, que é a Floresta da Pedra Branca e acontece em um trecho de floresta da Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica. “É uma experiência capaz de estimular a compreensão do poder curativo da natureza e de estimular cada indivíduo ao conhecimento, senso de proteção e cuidados com o meio ambiente”, fala Lúcia Santana, Coordenadora da Educação da FMA e responsável por essas iniciativas no campus.
As Campanhas de Prevenção da Saúde do calendário de Saúde do Ministério da Saúde (MS) desenvolvidas pela Coordenação de Saúde Humana da FMA, foram apresentadas a partir de um convite da Coordenação do Edital Fio-PromoS em parceria com a Coordenação da II Conferência de Promoção da Saúde. “Apresentamos a iniciativa do Mapa de Serviços e Redes de Apoio Colônia Juliano Moreira – que identifica os dispositivos de saúde, educação, assistência e cultura do território da Colônia através de um mapa na sua versão física e digital e que está em processo de produção o aplicativo. Além de mostrar as ações mensais do calendário da saúde em parceria com os dispositivos do território, como por exemplo o outubro Rosa com o vídeo emocionante do relato da Dona Marlene, uma paciente que venceu o câncer de mama, moradora do território”, explica Isabel Bonna, Coordenadora da Saúde Humana da FMA e quem fez a apresentação na 2ª Conferência desse projeto.
E para fechar as ações e projetos da Fiocruz Mata Atlântica levadas para a 2ª Conferência de Promoção da Saúde da Fiocruz, a Coordenação de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Agricultura Urbana, Agroecologia e Economia Solidária da FMA apresentou o relato de caso “Fortalecendo redes e territórios a partir da agricultura urbana, agroecologia e saúde: a experiência do casarão agroecológico nas ações do projeto ARÁ”. “As ações do projeto ARÁ contemplaram sete vertentes da Floresta da Pedra Branca, as quais somam três associações de agricultores em destaque para a AAFA- Associação dos Agricultores da Feira Agroecológica de Campo Grande, Processadores de Alimentos, Artesãos e Amigos fundada em 2019 o qual teve um papel importante na articulação em rede para garantia de funcionamento da Feira Agroecológica de Campo Grande, embora seja reconhecida por meio de Projeto de Lei n° 1539/2015, a ocupação e a adequação sociotécnica do Casarão Ecológico, que levou em conta dois eixos estruturantes que dialogam com a promoção da saúde, o bem viver e bem estar e a Escolinha de Agroecologia, reforçando a produção de alimentos agroecológicos para a região, foi uma experiência exitosa de resistência e garantia e permanência definitiva no espaço para realização de processos formativos, estruturação e implantação de tecnologias sociais com ênfase na produção e armazenamento de sementes de variedades locais junto a agricultores do entorno da Floresta da Pedra Branca”, finaliza Robson Patrocínio, coordenador da área de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Agricultura Urbana, Agroecologia e Economia Solidária da FMA e quem apresentou essa iniciativa do projeto ARÁ.