Fiocruz

Fundación Oswaldo Cruz una institución al servicio de la vida

Início do conteúdo

Presidente da Fiocruz projeta avanços na unidade do Ceará até 2024


11/11/2022

Fiocruz Ceará

Compartilhar:

Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima afirmou, durante visita à Fiocruz Ceará que uma das metas de sua gestão até 2024 é trabalhar para transformar a Fiocruz Ceará, concebida inicialmente como um escritório regional, em um instituto de ensino e pesquisa. Nísia esteve reunida com pesquisadores e colaboradores na última quarta-feira (9/11), quando juntos fizeram um balanço sobre avanços e desafios da instituição. 

Nísia esteve reunida com pesquisadores e colaboradores que juntos fizeram um balanço sobre avanços e desafios da instituição (foto: Fiocruz Ceará)

 

Em sua fala, a presidente disse acompanhar de perto o grande potencial da Fiocruz Ceará e citou a Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 (Unadig) e a possibilidade de seu uso amplo, não só para a Covid; o apoio ao projeto Wolbachia e o trabalho nos vários campos de pesquisa, além de todo o empenho dos laboratórios já construídos. Segundo Trindade, poucos institutos da Fiocruz dispõem hoje de infraestrutura tão avançada, condições para abrigar o Instituto Pasteur e a possibilidade de maior protagonismo do Ceará em uma ação integrada de desenvolvimento sustentável, no âmbito da Agenda 2030, Fiocruz-ONU. 

Para Nísia, a instituição no Ceará vive um momento histórico, principalmente com a visita do governador eleito Elmano de Freitas e do secretário de Saúde do Estado, Carlos Hilton, selando novas parcerias que já se iniciam durante a transição de governo. “Essa visita é muito especial, pois representa aprofundar um compromisso com a Fiocruz e sinaliza que participemos deste momento de transição”, afirmou. 

Nísia informou que a reunião com o governador eleito foi no sentido de avançar com a implantação do Distrito Industrial de Inovação no Eusébio. Ressaltou ainda a instalação da fábrica de Bio-Manguinhos, integrando esse distrito que terá como âncora a Fiocruz Ceará. “É uma joia termos aqui uma área importantíssima como a de Bio-Manguinhos. A Fiocruz Ceará vai ser um centro de ponta na produção de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para os biofármacos, tão importantes e tão caros ao SUS, garantindo soberania, mas também equidade”. 

Em sua visita ao Ceará, a presidente da Fiocruz estava acompanhada do pesquisador Wilson Savino; da coordenadora de Estratégias de Integração Regional e Nacional, Zélia Profeta Luz e do coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha. A comitiva foi recebida pelo coordenador geral da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor; pela atual coordenadora da área de Educação e futura coordenadora geral, Carla Celedônio e pelos coordenadores da área de Inovação, Odorico Monteiro e Gestão, Renato Caldeira. 

Encontro de emoção e perspectivas para o futuro 

Coordenador geral da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor abriu o encontro realizado no auditório do campus com os pesquisadores e colaboradores. Lavor falou da diversidade e da qualidade dos pesquisadores e colaboradores da instituição. “Temos aqui pessoas de diferentes pontos do Brasil, com vivência e atuação internacional. São mestres e doutores, com a presença da universidade muito forte”. 

Em discurso emocionado, a coordenadora da área de Educação Carla Celedônio, que assumirá a coordenação geral da Fiocruz Ceará em janeiro de 2023, disse ser uma honra dar continuidade ao trabalho de Carlile Lavor e fez uma homenagem a este que é um dos notáveis da Saúde Pública cearense e que está à frente da Fiocruz Ceará desde quando ainda era uma ideia, tendo importante atuação na implantação do campus. 

O sanitarista pretende agora voltar ao trabalho na Atenção Primária, nas regiões dos Inhamuns e Cariri. Carlile Lavor tem reconhecimento internacional pela criação do Programa Agentes Comunitários de Saúde (PAC), precursor da Estratégia Saúde da Família, a porta de entrada do SUS. “Na vanguarda de sua área de atuação, o dr. Carlile Lavor, aos 82 anos, busca dedicar o seu tempo ao entendimento do papel do Agente Comunitário de Saúde e do enfermeiro na Atenção Primária, mais uma de suas estratégias para contribuir com a melhoria do nosso sistema de Saúde”, pontuou Carla. 

A pesquisadora listou os principais projetos em andamento na Fiocruz Ceará: a instalação do Distrito de Inovação, a fábrica da Wolbachia, o redesenho da Unadig, a instalação de Bio-Manguinhos, a integração dos laboratórios com o Instituto Pasteur, a instalação da plataforma de terapia celular e do laboratório de imunoparasitologia, as pesquisas das áreas de saúde da família, saúde e ambiente; a pesquisa e o empreendedorismo nas áreas de saúde digital e biotecnologia e a criação de um programa de pós-graduação que integre as áreas temáticas da Fiocruz Ceará. 

A futura coordenadora geral disse ser sabedora dos desafios de estar à frente da instituição, agradeceu a confiança em seu nome e disse que o trabalho em equipe é o diferencial das conquistas. “Cada um de nós é responsável por esse sonho. Sonhamos juntos e juntos estamos realizando. Trabalharemos diuturnamente para seguir nossa caminhada”, ratificou. 

Desenvolvimento regional 

A coordenadora de Estratégias de Integração Regional e Nacional, Zélia Profeta Luz, explicou que o propósito da sua área é identificar e construir pontes na perspectiva de aumentar capacidades de responder aos desafios, a partir de projetos e demandas. “Essa mistura de servidores de vários estados tem sido muito interessante para contribuir nos processos de integração regional e nacional”, defendeu. 

Na visão do coordenador da Agenda 2030, Paulo Gadelha, a Fiocruz Ceará vive uma conjunção de fatores bastante favoráveis ao desenvolvimento dos seus projetos, com líderes sensíveis ao desenvolvimento regional na esfera estadual, federal e na própria presidência da Fiocruz. “Juntando essas sinergias, olhar para a capacidade de realização e percebemos que chegamos a um outro momento, de maturidade da instituição, de renovação das lideranças. Temos condições ótimas de pensar o futuro da Fiocruz Ceará como um passo significativo para o futuro do Brasil”, avalia. 

Para o coordenador de Gestão, Renato Caldeira, é preciso fortalecer os ciclos de governança para fazer acontecer todos os projetos da Fiocruz Ceará. “A Fiocruz Ceará está em processo de emancipação, por isso precisamos continuar trabalhando para alcançar a autonomia de determinados setores. Recebi recentemente uma analista que veio de outra unidade e disse que trabalharia aqui até a aposentadoria. Trabalhar pela sociedade, com afeto é o que vemos no nosso dia a dia”. 

Emoção e trabalho 

O pesquisador Wilson Savino enfatizou ter encontrado na Fiocruz Ceará uma junção da emoção com a responsabilidade. “Trabalhar com emoção é uma das coisas mais lindas da vida, porque nem sempre é possível. Quem se vê como parte integrante da sociedade, junta a emoção com uma responsabilidade muito grande. Isso é muito bom porque a gente pensa, apesar de não ser obrigado a pensar”. 

O coordenador da área de Inovação, Odorico Monteiro, lembrou sua ligação histórica com a Fiocruz e o desejo de trazer para o Ceará o Polo de Tecnologia e Saúde, ainda em 2006. “A Fiocruz aqui no Ceará, mais do que uma estrutura, é uma síntese da utopia, do amor e da ciência. Um conjunto de oportunidades que nasceu a partir da visão de futuro, da necessidade de se pensar saúde com desenvolvimento”. 

A pesquisadora Ivana Barreto, da área de Saúde Digital, enfatizou a importância desse campo para a equidade e universalidade do SUS. “Saúde Digital é uma área que precisa sim ser trabalhada. Então nós, Fiocruz, precisamos sim produzir ferramentas e aplicações digitais, expandindo e qualificando a assistência. É preciso ocupar esse espaço que é nosso”, defende. 

Para Laila, técnica em Química da Unidade de Diagnósticos, “trabalhar aqui é realmente um sonho. Falo isso também pelos meus colegas. Foi uma oportunidade maravilhosa”. A pesquisadora Vanira Pessoa, da área de Saúde da Família, concordou, ressaltando que “é uma alegria estar aqui e contribuir para a formação de trabalhadores do SUS e especialmente fortalecer as políticas de equidade”. 

A pesquisadora Anna Carolina Marinho enalteceu o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) da Fiocruz Ceará. “Acredito na nossa plataforma, temos um poder de integração multidisciplinar e a gente pode contribuir muito mais.” Já a pesquisadora Adriana Bacelo, que atua na Coordenação de Tecnologias Educacionais da Fiocruz Ceará, agradeceu o acolhimento que recebeu no Ceará. “Só vejo amor e profissionalismo aqui”. 

A pesquisadora Ângela Ostritz chama a atenção para a responsabilidade social da Fiocruz, em especial com a comunidade do entorno do campus, afetada com a expansão da instituição. Ostritz pontuou o planejamento para 2023 nas questões educacional e social, envolvendo território e comunidade. Para a pesquisadora Ana Cláudia Teixeira, da Saúde e Ambiente, é preciso refletir como integrar as diferentes áreas de pesquisa da Fiocruz. “Como olhar cada uma dessas áreas em seus valores e potenciais e somar?”, desafiou. 

Volver arribaVolver