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Guiana recebe treinamento para diagnóstico da leishmaniose cutânea


08/03/2016

Lucas Rocha (IOC)

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Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) treinaram técnicos do Ministério da Saúde da Guiana para o diagnóstico da leishmaniose cutânea. A atividade, realizada no mês de julho em Georgetown, capital do país, responde a uma demanda da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). “Existem poucos relatos sobre as leishmanioses na Guiana. Falta aptidão para esse diagnóstico ou para o reconhecimento de que os pacientes estão com suspeita da doença. O treinamento é importante para que os casos sejam tratados corretamente”, avalia o pesquisador Renato Porrozzi, chefe do Laboratório de Pesquisas em Leishmaniose do IOC e coordenador da iniciativa. Doença negligenciada com importante impacto na América Latina, a leishmaniose cutânea é causada por protozoários do gênero Leishmania e afeta sobretudo populações pobres, com potencial para causar lesões e deformidades na pele. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a capacitação, os técnicos visualizaram lâminas para identificar a presença do parasito causador da leishmaniose cutânea (Foto: Divulgação).
 

Por meio de atividades práticas e teóricas, os participantes do treinamento foram capacitados para a realização do diagnóstico microscópico da doença. O procedimento é realizado a partir de amostras obtidas pela raspagem das lesões na pele que são características do quadro clínico da leishmaniose cutânea. O material é fixado em uma lâmina com o uso de produtos químicos específicos e, na sequência, esta lâmina é observada no microscópio para a identificação visual da presença do parasito Leishmania.

A pesquisadora Fernanda Morgado, que também foi responsável pelo treinamento, conta que o curso abordou cada etapa do processo de diagnóstico. Além de explicar o passo a passo para a coleta de amostras, os técnicos tiveram a oportunidade de visualizar lâminas com e sem a presença do parasito, podendo comparar os diferentes diagnósticos. “Os poucos casos encontrados na Guiana podem sugerir um problema de subnotificação. Para o Ministério da Saúde do país, a incidência pode ser maior do que tem sido diagnosticado”, pondera.

Desde 2015, o Laboratório de Pesquisas em Leishmaniose do IOC é referência para a Opas no diagnóstico da doença, de forma vinculada ao Programa Regional de Leishmanioses da entidade. Contribui em três principais linhas de ação: a identificação genética das espécies de Leishmania que circulam nas Américas, o controle de qualidade dos laboratórios de referência que realizam diagnóstico parasitológico e a capacitação para o diagnóstico microscópico da doença.

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