FMA inaugura Sala Verde no Dia Nacional da Mata Atlântica

27 de maio é o Dia Nacional da Mata Atlântica e, para celebrar a data, a Fiocruz Mata Atlântica (FMA) inaugura a Sala Verde Diálogos em Biodiversidade, Ambiente e Saúde. A programação começa às 8h30 e inclui atividades no Horto-Escola para alunos da rede pública do território e o III Encontro de Pesquisa da Fiocruz Mata Atlântica, no qual será lançado o livro Biodiversidade e saúde na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica: pesquisa, conservação e educação. O campus da FMA está localizado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Segundo a coordenadora da área de Educação da FMA, Lúcia Santana, responsável pela Sala Verde, o espaço será dedicado ao desenvolvimento de atividades educativas práticas, voltadas à temática socioambiental e cultural. O objetivo é estimular a discussão crítica, a organização e o fortalecimento de identidades locais e comunidades como um todo.

“A Sala Verde é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima em âmbito nacional, que chancela um espaço que atuará como centro de informação e formação ambiental e que confere certificação de adesão no sistema, o que garante ao espaço credibilidade e fortalecimento em seu território de abrangência”, explica Lúcia. 

O coordenador-executivo do Programa de Desenvolvimento do Campus da Fiocruz Mata Atlântica, Ricardo Moratelli, destaca que a inauguração da Sala é mais uma iniciativa do campus para o fortalecimento da sustentabilidade no território. “A Fiocruz Mata Atlântica está situado na maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Pedra Branca. Suas pesquisas contribuem para a conservação da biodiversidade, a promoção da saúde e a construção de um território sustentável e saudável, agindo contra as ações das mudanças climáticas e combatendo as desigualdades sociais. É uma alegria inaugurarmos a Sala Verde, que irá promover a educação ambiental para o território, no Dia Nacional da Mata Atlântica”.

Livro discute conservação da biodiversidade e vigilância em zoonoses

Outro destaque na comemoração do Dia da Mata Atlântica é o lançamento do livro Biodiversidade e saúde na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica: pesquisa, conservação e educação. A obra reúne 15 capítulos sobre estratégias de conservação da biodiversidade e de vigilância de zoonoses de origem silvestre, subsidiadas por conhecimento científico gerado a partir da biota local. O trabalho visa cobrir algumas lacunas no conhecimento sobre as espécies locais e a relação com o ser humano na Floresta da Pedra Branca, maior remanescente de Mata Atlântica no município do Rio de Janeiro.

“Essas lacunas precisam ser tratadas como prioridade, antes que espécies e estoques genéticos locais sejam extintos ou alcancem números críticos para a manutenção das populações e dos serviços ecossistêmicos que esses animais prestam aos humanos”, aponta Moratelli, organizador do livro. “Numa das regiões mais populosas e biodiversas do país, onde ser humano e fauna silvestre estão em constante contato, o risco de emergência de zoonoses é alto. A Zona Oeste do Rio é uma região de especial atenção, porque concentra importantes remanescentes urbanos de vegetação adjacentes a áreas densamente povoadas, em geral de forma pouco ordenada e sob condições sanitárias e sociais que afetam a saúde”.

Sobre o Dia Nacional da Mata Atlântica

O Dia Nacional da Mata Atlântica busca sensibilizar sobre a importância de conservação deste bioma, que possui grande variedade de espécies de plantas e animais, algumas dessas endêmicas, mas está ameaçado de extinção. Presente em 15% do território brasileiro, a Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical do Brasil. 

A Floresta da Pedra Branca, maior remanescente de Mata Atlântica no Rio de Janeiro e maior floresta urbana do mundo, está localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na qual o campus da Fiocruz Mata Atlântica está inserido. Por ser um campus diferenciado em suas características geográficas — situado na fronteira entre a área urbana e a floresta —, a FMA realiza projetos e ações com a população local, visando contribuir com o desenvolvimento da região de forma saudável e sustentável.