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11º Obsma da Fiocruz premia alunos e professores vencedores


12/12/2022

Hellen Guimarães (Agência Fiocruz de Notícias)

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A Fiocruz realizou, na última quinta-feira (8/12), a cerimônia de premiação da 11ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma). Além de alunos e professores de todo o país, a cerimônia contou com a presença de convidados especiais, como a jornalista Míriam Leitão, a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Margareth Dalcolmo e o pesquisador do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) Akira Homma. 

Criada pela Fundação há 21 anos, a competição incentiva alunos e professores de escolas públicas e privadas de todo o país a criar projetos que impactem suas comunidades. Cada uma das seis regionais premia duas iniciativas, uma de ensino fundamental e outra do ensino médio, em três categorias: Produção de texto, Produção audiovisual e Projeto de ciências. Nesta edição, foram avaliados 826 trabalhos, de 13.306 alunos e 2.728 professores distribuídos por todas as regiões brasileiras. Nas etapas regionais, 620 estudantes foram premiados, com projetos ligados a temas como saúde em tempos de pandemia, pobreza menstrual, saneamento básico, alimentação saudável, reciclagem, água, poluição e aquecimento global.

Durante a mesa de abertura, as participantes relembraram um breve histórico da Obsma, os desafios impostos pela pandemia e destacaram a importância da educação para o futuro do país. Integraram a mesa a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado; a presidente da Asfoc/Fiocruz (Sindicato Nacional), Mychelle Alves; e a coordenadora nacional da Olimpíada e coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz, Cristina Araripe. Na sequência, a pesquisadora Margareth Dalcolmo dirigiu-se aos alunos.

“Estou aqui falando para jovens, jovens que poderiam ser meus filhos, e eu ganho uma energia muito grande quando converso com vocês. Recentemente participei da SBPC e um deles me perguntou: ‘Mas você era muito nerd?’. Eu era, eu sou ainda, e ser muito nerd é muito bom. Sabe o por quê? Porque, ao longo da vida, você vai encontrando outros e vai descobrindo que alguém é mais nerd do que você e é um espetáculo, você vai aprendendo cada vez mais e isso é bom demais. A gente não pode ter limite nem preconceito com nossa linda, absolutamente inarredável diversidade. Sejam estudiosos, prestem atenção neste país incrível que a gente adora. A mensagem que quero deixar é essa: sejam curiosos com as nossas diferenças, estudem muito e continuem sendo essa inspiração que vocês são para todos nós”, disse.

O pesquisador Akira Homma destacou a importância da vacina e das vacinações, que levou a Fiocruz a desenvolver o projeto Reconquista das Altas Coberturas Vacinais. Homma lembrou que o projeto atua na ponta do sistema, começando por Amapá e Paraíba, que tinham os mais baixos índices de vacinação, e hoje são os únicos dois estados a 95% de cobertura. “Gostaria de parabenizar os organizadores da Olimpíada, porque ela motiva e sensibiliza os estudantes a pesquisar, a investigar questões importantes em saúde e meio ambiente. Na mão de vocês, está o futuro do Brasil. Fico satisfeito em saber que, entre os vários trabalhos apresentados, alguns falaram sobre vacinas. Este é um tema que nós estamos enfrentando, muito difícil, porque o Brasil que já foi referência em vacina e vacinações e hoje apresenta uma queda de cobertura e a criação de uma população desprotegida que pode sofrer com essas doenças preveníveis. Isso é injustificável. Confiamos em vocês para utilizar esses dois instrumentos fundamentais para a saúde pública. Parabéns pelos trabalhos”, disse.

O ex-presidente da Fiocruz e atual coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha, também conversou com os alunos. Gadelha foi um dos criadores da Olimpíada e considera que ela tem elementos centrais de transformação: ludicidade, juventude e sua capacidade de se apropriar de temas aparentemente complexos que impactam a vida de uma forma profunda. Na sequência, a jornalista Míriam Leitão conduziu a palestra História do Futuro, destacando o protagonismo feminino na premiação e emocionando-se ao tratar dos momentos mais duros da pandemia.

“Estamos num forte que resistiu. A Fiocruz foi mais do que uma Fundação. Foi um ponto de resistência, de defesa da ciência, do conhecimento, do conhecimento que nos trouxe a vacina e a vida. A resistência foi no dia a dia, agressão após agressão, e a confirmação de que é na ciência que construiremos o futuro. Vocês escreverão a história do futuro. Vocês já estão aqui fazendo isso. Um abraço aos professores, que estão orientando os escritores de futuro. A ciência tem que se conectar com nossa diversidade humana. O Brasil não pode ser como tem sido, cheio de barreiras entre as pessoas. Somos um país com muito preconceito e para alguns é muito difícil ultrapassá-las. A lógica do futuro é a da inclusão. Seremos grandes se formos todos juntos”, defendeu, deixando um conselho aos alunos.

“Chegamos a esse momento porque resistimos. Ao longo da vida de vocês, haverá momentos de dificuldade e descrença, em relação a vocês e ao seu país. Neles, é preciso revisitar o otimismo, ele é muito importante porque nos leva para frente. Precisamos disso, precisamos pensar que conseguiremos reconstruir o que foi destruído; dar valor à ciência, ao que nos deu a capacidade de resistir, e na esperança que a democracia nos traz a cada renovação”, disse.

Após a palestra, os trabalhos vencedores de cada regional receberam seus prêmios. Na sequência, veio o momento mais aguardado, o anúncio dos destaques nacionais. Foram avaliados 37 trabalhos, com participação de 91 professores e 1.272 alunos. Cristiani Machado e Cristina Araripe entregaram os troféus, junto a cada um dos convidados especiais. Leitão premiou os vencedores em produção de texto, Homma em produção audiovisual e Dalcolmo em projeto de ciências. Também foram anunciados os projetos vencedores do Prêmio Especial Menina Hoje, Cientista Amanhã.

Confira abaixo a lista dos projetos premiados

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