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Oficinas Quintais Erveiros na Vila Parque mobilizam comunidade sobre agroecologia e promoção da saúde


18/07/2024

Simone Kabarite (Coordenação de Promoção da Saúde/VPAAPS)

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Caminhada para identificação de plantas medicinais; troca de conhecimentos tradicionais e científicos; criação coletiva do quintal erveiro com manuseio de materiais e plantio de ervas. Essas são algumas atividades das Oficinas Quintais Erveiros que acontecem nos jardins do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, no interior do Parque Natural Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, e que buscam mobilizar a comunidade para os princípios da agroecologia e promoção a saúde.

Nos dois primeiros encontros (30 de junho e 7 de julho), integrantes do Coletivo de Educação Popular e Libertária (CEPL), moradores da Vila Parque e pesquisadores da Fiocruz participaram de dinâmicas com o objetivo de construir coletivamente o quintal erveiro-piloto, bem como incentivar o cultivo e o uso de ervas medicinais no cotidiano da comunidade. Para participar da atividade do dia 7 de julho, a Coordenação de Promoção da Saúde da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) convidou a educadora sócio-ambiental da Fiocruz Mata Atlântica, Valdirene de Oliveira Militão, especialista em segurança ambiental e nutricional e economia solidária.


Foto: Valdirene Militão

Para ela, a atividade permitiu mostrar para o território que é possível ter uma alimentação mais saudável, com uso de produtos in natura, sem agrotóxicos, a fim de ter bem-estar. Na perspectiva de levar informações e apresentar possibilidades de reaproveitamento de material, Valdirene montou com o grupo uma composteira e convidou pra participar da Oficina a pesquisadora responsável pelo cultivo agroecológico de plantas medicinais do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde/Plataforma Agroecológica de Fitomedicamentos (PAF) de Farmanguinhos, Tatiane da Costa Barbé.

“Foi uma troca maravilhosa com os participantes. Eu levei algumas ervas para multiplicar no espaço e passar o conhecimento do uso de chás para diversas finalidades.  Muitas vezes uma mesma planta tem nomes diferentes em outros lugares, daí a importância da informação do nome científico dela. Essa expertise do uso de plantas medicinais é de Famanguinhos, por isso convidei a Tatiane para dividir a oficina comigo, uma complementando a outra”, afirmou.


Foto: Valdirene Militão

Responsável pelo cultivo agroecológico das espécies vegetais para fins medicinais da PAF, Tatiane apresentou boas práticas para o cultivo e manejo de plantas. A pesquisadora considera o encontro importante para os participantes conhecerem as espécies, saberem como cultivá-las da forma mais natural possível para que seus princípios ativos sejam conservados e se obtenha benefícios.

“Foi ótimo participar, mostrar para as pessoas como é possível se unir e ter essa prática dentro da cidade. O cultivo e o uso de plantas medicinais não está destinado somente a regiões pequenas e agrícolas. No ambiente urbano, nós também podemos ter essa prática”, destacou.


Foto: Valdirene Militão

Para Antônio Portela dos Santos, morador da Vila Parque da Cidade há 49 anos, o plantio e a utilização de ervas fazem parte do seu cotidiano na cidade grande. Nascido no interior de Minas, na bagagem ele trouxe conhecimentos sobre plantas medicinais que incorporou à rotina desde sua chegada ao Rio de Janeiro, em 1975.

Na Oficina, Antônio entrou em contato com novas espécies e levou informações da sua vivência na área. “Eu gostei muito de participar da atividade. O conhecimento enriquece a pessoa, o objetivo de quem tem não é guarda-lo, é passá-lo adiante. No encontro, eu pude conhecer algumas ervas, e quero contribuir para o quintal erveiro progredir, ter continuidade na Vila Parque”, destaca.

Os próximos encontros das Oficinas Quintais Erveiros acontecerão nos dias 21 de julho e 4 de agosto, de 9h às 12h, na Estrada de Santa Marinha, 20, Parque da Cidade, Gávea, Rio de Janeiro, e são abertos a quem quiser participar.
 
 

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