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Fiocruz realiza evento pelo Dia do Orgulho LGBTQIA+


22/06/2021

Roberta Costa (CCS/Fiocruz)

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de seu Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça, realiza no dia 29 de junho (terça-feira), das 10h às 12h30, o encontro virtual Orgulho LGBTQIA+: a educação em tempos de resistência, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (28/6). O evento, idealizado pelo Grupo de Trabalho sobre Diversidade (GT Diversidade) do Comitê, tem como objetivo fortalecer a importância do respeito e da equidade com base em gênero e diversidade sexual e reforçar o compromisso institucional com esta causa.

A transmissão do encontro será feita pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz no YouTube, com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para dialogar sobre a importância da educação e a dificuldade que o público LGBTQIA+ enfrenta para acessar um direito básico, as seguintes pessoas foram convidadas: as coordenadoras do Coletivo Se Joga LGBTQI+ da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz (EPSJV/Fiocruz), Maria Clara Rangel e Rayssa Raposo; a doutora em Ciência da Literatura e professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dani Balbi; e o doutor em Educação e professor do Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Felipe Bastos.

“A população é muito diversa e temos demandas muito específicas. Por exemplo, para a parcela trans e travesti, na maioria das vezes, é negado o próprio acesso à educação. Mais de 90% das mulheres trans e travestis não conseguem completar o ensino médio, por passarem por diversas formas de violência no ambiente escolar. Mas, em comum, sabemos que jovens LGBTI frequentemente sofrem bullying, violência e assédio na escola, de colegas e professores, como ressalta a Organização das Nações Unidas (ONU)”, evidenciou o membro do GT Diversidade do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, Bruno Vantine.

A abertura do evento será realizada pela representante do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e educadora comunitária do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Biancka Fernandes. A mediação ficará por conta da professora da EPSJV/Fiocruz e integrante do Comitê Pró-Equidade, Simone Ribeiro. A live ainda contará com a intervenção artística da primeira musa Trans da G.R.E.S Acadêmicos do Salgueiro, Kamilla Carvalho.

Para Simone, quando a Fiocruz se mobiliza sobre o mês da diversidade e sobre as demandas da população LGBTQIA+, ela assume um compromisso de luta pela equidade e contra a violência e exclusão. “É uma forma de criar um espaço seguro e de acolhimento para as pessoas que trabalham, estudam e circulam no campus e, também, abre portas para que a gente cobre ações e posicionamentos importantes”, afirmou a professora.

Sobre a data

O dia 28 de junho foi escolhido para a celebração do Orgulho LGBTQIA+ devido à Revolta de Stonewall, em 1969, nos Estados Unidos. Nesta data, frequentadores do Bar Stonewall Inn, um grande ponto de encontro para a população LGBT e outras pessoas em situação de vulnerabilidade em Nova York, lutaram contra a repressão, violência policial e tantas outras agressões vivenciadas diariamente numa época que a homossexualidade ainda era considerada crime em grande parte do mundo. O episódio promoveu a ideia de “orgulho” dentro da comunidade LGBTQIA+ e inspirou a organização da primeira Parada do Orgulho LGBTI, realizada em vários países.

Comitê

O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz foi criado em 2009, para consolidar uma agenda institucional pelo fortalecimento dos temas étnico-raciais e de gênero na Fundação, colaborando para uma constante atualização e reorientação de suas políticas, bem como de suas ações, seja nas relações de trabalho, seja no atendimento ao público e na produção e popularização do conhecimento. Periodicamente, o Comitê realiza atividades de formação e iniciou essa série de encontros virtuais diante das recomendações de distanciamento social para o enfrentamento ao novo coronavírus.

Uma instituição de saúde pública cuida de pessoas. A Fiocruz acredita no conceito de saúde ampliado, em que ter saúde não é apenas o contrário de estar doente. Saúde é um aspecto amplo e que envolve diversas esferas da vida pessoal e em sociedade. Promover cidadania, equidade de gênero e raça e acesso igualitário a oportunidades é também promover saúde. O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, assim como outras frentes de atuação da instituição, entre as quais pesquisa, ensino, assistência, inovação e comunicação, está em constante desenvolvimento para promover saúde ampla para seus mais de 10 mil trabalhadores e para a população brasileira. Todos permanentemente em defesa da vida.​​​​​

. Matéria de Roberta Costa (CCS)

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