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Fiocruz Mata Atlântica reflete sobre desafios e avanços do projeto Ará na promoção da saúde e agroecologia 


22/08/2023

Angélica Almeida (Agroecologia/VPAAPS) e Isis Breves (Fiocruz Mata Atlântica)

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Encontro de avaliação reuniu representantes da Fiocruz, Embrapa, AS-PTA, Capina, Rede Carioca de Agricultura Urbana e comunidades do território do Maciço da Pedra Branca

Na última quinta-feira, dia 10 de agosto, a Fiocruz Mata Atlântica (FMA) recebeu representantes da comissão gestora do Projeto ARÁ em um Encontro de Imersão, que avaliou a execução da iniciativa no território. A atividade contou com a presença de trabalhadoras e trabalhadores do campus, de membros das sete vertentes da Pedra Branca, e de organizações parceiras, como a Embrapa, a AS-PTA e a Capina. Também participaram representantes de outros territórios de atuação do projeto, a exemplo das equipes técnicas do Fórum Itaboraí, do Observatório de Territórios Saudáveis e Sustentáveis da Bocaina (OTSS), do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), bem como da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS).

Na abertura do evento, Andrea Vanini, representante da Coordenação do Programa de Desenvolvimento da FMA, enfatizou a coerência do projeto Ará em relação aos  eixos transversais da instituição: direito à cidade inclusiva com fortalecimento do SUS; a questão ambiental nas interações entre território urbano e floresta/Unidade de Conservação (PEPB); e o combate à fome: direito humano à alimentação adequada, soberania e segurança alimentar e nutricional. 

A fim de proporcionar um ambiente qualificado de escuta sobre os acúmulos do Ará, foram realizados quatro grupos de discussões temáticas sobre: soberania e segurança alimentar e nutricional; saúde das pessoas e dos territórios; construção social de mercados; e produção do conhecimento. 

Cada um dos grupos foi convidado a refletir sobre a trajetória do projeto, considerando os legados relacionados às articulações políticas territoriais, às tecnologias sociais implementadas, à participação de mulheres, juventudes e povos e comunidades tradicionais, bem como aos desafios que permanecem colocados para a promoção da saúde e de agroecologia na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na sequência, cada grupo temático apresentou, para todas as pessoas participantes, os impactos principais e os desafios primordiais ainda a serem enfrentados no território.

A programação do encontro também contou com um diálogo sobre a sustentabilidade das ações após o encerramento do Ará, tendo em vista a relevância estratégica da agroecologia para a saúde pública e para a sociedade como um todo. “A construção e os resultados do Ará são de fundamental importância para que a gente possa visionar como um programa de mais longo prazo possa ser aprimorado e desenvolvido.” avaliou, na ocasião, Guilherme Franco Netto, coordenador de Saúde e Ambiente da VPAAPS. 

Estão previstos para os próximos meses encontros de avaliação na Costa Verde e em Petrópolis nos quais se dará continuidade ao diálogo com as comunidades e organizações parceiras sobre os possíveis caminhos para a elaboração conjunta de um programa institucional da Fiocruz, que tenha foco na promoção da saúde, da agroecologia, do direito humano à alimentação adequada, do enfrentamento à fome, entre outros eixos temáticos.  
Helena Lopes da equipe da Agenda de Saúde e Agroecologia considera que as reflexões permitiram aprofundar avanços centrais do projeto na Pedra Branca, a exemplo do protagonismo das juventudes e as trocas de saberes estabelecidas entre as diferentes gerações. “O processo de reflexão construído durante a imersão permitirá uma olhada qualificada para os os passos que nos trazem até aqui e os que ainda iremos dar. A proposta é de construção de histórias que tecem e iluminam a relação entre saúde e agroecologia. Um dos produtos esperados desta caminhada é a produção de uma publicação que terá como objetivo inspirar outras iniciativas, compartilhando os aprendizados”, afirma Lopes.
 

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