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Nova Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 inicia atividades no Ceará


24/08/2020

Aline Câmera (CCS)

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A Fiocruz iniciou a operação da sua segunda Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19. Localizadas no Campus da Fiocruz Ceará, no Distrito de Inovação do Eusébio, as novas instalações têm potencial para processar diariamente até 10 mil testes moleculares (RT-PCR) para detecção do novo coronavírus. A primeira Unidade de Apoio, situada no Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro, iniciou suas atividades em 10/8 e pode realizar o processamento de até 15 mil amostras por dia.

A iniciativa se insere na estratégia de apoio aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) e ampliação da capacidade nacional de processamento de amostras, ação fundamental para a vigilância epidemiológica do vírus e o enfrentamento da pandemia. “A Fiocruz vem buscando ser parte da resposta à crise humanitária que estamos vivendo desde o início da pandemia. A nossa tradição de 120 anos e a presença em todas as regiões do país nos permitem contribuir com o Ministério da Saúde na estratégia nacional de testagem”, afirma a presidente, Nísia Trindade Lima.

Inauguração
A inauguração do novo centro aconteceu hoje (24/8), com a presença do ministro interno da Saúde, Eduardo Pazuello; do governador do Ceará, Camilo Santana; da representante da Opas/OMS, Socorro Gross; e dos representantes da iniciativa privada envolvidos nas doações de recursos: o diretor regional do Banco Bradesco, representante da Elopar, Marcos Daniel Boll; do presidente do Hospital Sírio Libanês e responsável pelo grupo de médicos integrantes do Comitê Gestor da iniciativa Todos pela Saúde, Paulo Chap Chap; e do vice-presidente de Relações Institucionais do HGM (United Health Group), do Renato Freire Casarotti.

“É o momento de congregarmos, afirmarmos os valores maiores da ciência, da tecnologia e do Sistema Único de Saúde”, discursou a presidente Nísia Trindade Lima. Pazuello falou da parceria do Ministério da Saúde com estados e municípios, com os Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com a iniciativa privada e do trabalho com a Fiocruz, nas unidades de apoio e na vacina. “A Fiocruz é a nossa parceira e estávamos conversando sobre quantas entregas ainda precisamos concluir para a população. É quase uma instituição-Estado, com seus 120 anos. Abrange o Brasil como um todo e é responsável por ações imprescindíveis”, afirmou o ministro. (Clique aqui para assistir à cerimônia de inauguração)

Fiocruz Ceará
A obra do Ceará foi financiada pela EloPar e UnitedHealth Group Brasil (UHG), que doaram, respectivamente, R$ 20 milhões e R$ 5,3 milhões. O Ministério da Saúde custeará a operação. Em seu pleno funcionamento, cerca de 200 profissionais, entre biologistas e técnicos de laboratório capacitados, se revezarão em três turnos de trabalho para processar as amostras, que serão encaminhadas pelo Ministério da Saúde. As novas instalações do Ceará ocupam uma área de aproximadamente 2,3 mil m2 e foram construídas em pouco mais de dois meses. 

“A Unidade de Apoio consolida a atuação da Fiocruz no Ceará, que desde o início da pandemia colabora com o governo do estado, para ampliar a capacidade de diagnóstico da Covid -19. A testagem em massa é a estratégia mais eficaz contra o coronavírus e nossos profissionais estão prontos para contribuir com essa importante iniciativa”, ressalta o coordenador da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor.

Financiamento
O projeto das Unidades de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 do Rio de Janeiro e Ceará inaugurou uma nova fase na mobilização para ampliar a capacidade de testagem, com apoio da iniciativa privada. Até então, os investimentos eram apenas do Ministério da Saúde, que já destinou cerca de R$ 930 milhões para as diversas ações da Fiocruz nesta área. Neste novo momento, a Fundação recebeu doação de cerca de R$ 200 milhões para o projeto, sendo R$ 180 milhões da iniciativa Todos pela Saúde, liderada pelo Itaú Unibanco. 

O valor foi empregado na compra dos novos equipamentos das duas centrais e na estrutura física da unidade carioca. “A limitação na testagem para detecção da Covid-19 ainda é um desafio no Brasil. Para conter a pandemia, é fundamental que se tenha o controle das pessoas infectadas. Por essa razão, o conselho de especialistas do Todos pela Saúde avaliou e tomou a decisão de fazer esta parceria com a Fiocruz”, ressaltou a vice-presidente do Itaú, Claudia Politanski. O Ministério continuará financiando a operacionalização das duas unidades – que inclui a contratação de recursos humanos e a aquisição dos insumos necessários.

Expansão
A Fundação começou, em abril, a unir sua expertise adquirida à infraestrutura tecnológica disponível na implantação de Unidades de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19. Além do Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo foram os estados contemplados inicialmente com as plataformas capazes de processar em larga escala as amostras suspeitas da doença. Os equipamentos foram instalados por Bio-Manguinhos, respectivamente, no Campus Manguinhos, no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e no grupo Dasa, por meio de um acordo feito com o Ministério da Saúde.

Com exceção do grupo Dasa, a operacionalização dos equipamentos é toda gerenciada pela Fiocruz, que atua desde a instalação e treinamento de pessoal, até o fornecimento dos insumos necessários e assistência técnica. Com as novas centrais, a quantidade de testes de RT-PCR processados por mês pode chegar a um milhão, no pleno funcionamento. “Além da mobilização das nossas unidades regionais no apoio aos Lacens locais, unimos esforços para implantar as Unidades de Apoio, que permanecerão como legado para o sistema de vigilância nacional e para o Sistema Único de Saúde (SUS) mesmo após o fim da emergência”, destaca a presidente Nísia Trindade Lima. 

O vice-presidente de Inovação e Produção em Saúde da Fundação, Marco Krieger, destaca o papel fundamental que essas estruturas continuarão tendo para a Fiocruz e para o Sistema Único de Saúde com o fim da pandemia: “É importante ressaltar o legado que esse parque tecnológico representará para o SUS. Além do seu papel prioritário no fortalecimento do sistema de vigilância e no monitoramento de possíveis novas ondas de contaminação da Covid-19, essas Unidades de Apoio continuarão auxiliando os laboratórios de referência da Fiocruz e ainda em outras iniciativas, como é o caso da avaliação do processo de colonização dos mosquitos que são liberados pelo Projeto Wolbachia e também de ações no campo do genoma humano e da genética de doenças raras”, complementa ele. 

Além dos testes de diagnóstico por RT-PCR, as novas unidades do Rio de Janeiro e Ceará também foram contempladas, na doação recebida do Todos pela Saúde, com modernas plataformas para execução de testes sorológicos em escala. Baseados na detecção da resposta imunológica após infecção, esses testes são complementares para o enfrentamento da pandemia e já estão sendo realizados para apoiar inquéritos epidemiológicos, avaliações em populações vulneráveis, entre outros. A ação agrega a capacidade nominal de 12 mil testes por dia em cada uma das novas centrais, ofertando apoio adicional ao sistema público de vigilância em saúde.  

Sobre o Todos pela Saúde
Lançado em 13 de abril deste ano, o Todos pela Saúde teve um aporte inicial de R$ 1 bilhão, realizado pelo Itaú Unibanco. Com recursos administrados por um grupo de especialistas da área da saúde e ações estratégicas baseadas em premissas técnicas e científicas, a iniciativa se guia por quatro pilares de atuação: informar, proteger, cuidar e retomar. Além do R$ 1 bilhão doado pelo banco, o Todos pela Saúde já recebeu cerca de R$ 240 milhões de pessoas e empresas. As orientações sobre o movimento e como contribuir estão em www.todospelasaude.org.

O Todos pela Saúde é liderado por Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio Libanês, e conta também com a participação de Drauzio Varella, médico, cientista e escritor; Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa; Maurício Ceschin, ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde; Eugênio Vilaça Mendes, consultor do Conselho dos Secretários de Saúde; Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein; e Pedro Barbosa, presidente do Instituto de Biologia Molecular do Paraná.

Sobre a Elopar
A Elo Participações Ltda (Elopar) é uma holding de investimentos, afiliada do Banco Bradesco e do Banco do Brasil, com ampla diversidade de negócios em meios de pagamento, arranjo de pagamento - bandeira de cartão, concessão de crédito ao consumidor, programas de fidelidade e de coalisão e produtos de benefícios de Recursos Humanos, como alimentação e refeição. A Elopar e suas empresas Alelo, Livelo, bandeira Elo e Digio dedicam-se a ações sociais e de sustentabilidade, para reverter seus resultados em benefício à sociedade. O compromisso do Bradesco, Banco do Brasil e da Elopar é cuidar das pessoas, da saúde e bem estar da sociedade brasileira e apoio a instituições com objetivo comum.

Sobre o UnitedHealth Group Brasil (UHG Brasil)
O UnitedHealth Group Brasil é uma empresa de saúde e assistência médica diversificada, que reúne 33 hospitais no país, sendo composto pela operadora de planos de saúde Amil - com 3,5 milhões de beneficiários de planos médicos e 2,2 milhões de odontológicos -, e pelo grupo médico-hospitalar Americas Serviços Médicos - que reúne hospitais e centros médicos de referência em diversos estados. Os R$ 7,5 milhões (dos quais, 5,3 milhões foram destinados à Unidade de Apoio do Ceará) direcionados ao fundo emergencial da Fiocruz fazem parte de uma doação de R$ 38 milhões do UnitedHealth Group Brasil para apoio ao combate à pandemia de Covid-19 no país. 

Clique aqui para ver o infográfico sobre as Unidades de Apoio na Agência Fiocruz de Notícias.

Foto Boletim: Tatiana Fortes / Fotos matéria: Divulgação e Tatiana Fortes

 

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