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Carta da Presidência aos pesquisadores e demais trabalhadores de CT&i


15/06/2022

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A pandemia de Covid-19 desafiou a capacidade de resposta das instituições de ciência e de saúde em todo o mundo. As respostas dadas pela Fiocruz em todas as suas áreas, no desenvolvimento e produção de vacinas e kits diagnósticos, na assistência hospitalar e atenção primária, na vigilância em saúde, na educação, na informação e comunicação, entre outras, ajudaram a aliviar o sofrimento de milhões de brasileiros e reduzir o impacto sobre a mortalidade.

Todos os campos da pesquisa na Fiocruz buscaram responder ao desafio da Covid-19. Em março de 2020, a Fundação assumia a coordenação, no Brasil, do ensaio clínico Solidariedade (Solidarity), iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que conjugou esforços globais, para investigar a eficácia de tratamentos inicialmente implementados para combater a doença. Por meio do Programa Inova Fiocruz, que tem por objetivo fomentar a pesquisa e a inovação com foco na entrega de produtos, conhecimentos e serviços para a sociedade, a Fiocruz também financiou dois editais específicos: Inova Covid-19 – Resposta Rápida e Inova Covid-19 – Geração de Conhecimento. Ao todo, foram contemplados 143 projetos e investidos cerca de R$ 37 milhões para a geração de produtos e resultados em diferentes dimensões, como: artigos científicos, kits de diagnóstico, vacinas, novas tecnologias/metodologias experimentais, monografias/dissertações ou teses, produções audiovisuais, sites ou dashboards, cursos de capacitação, eventos, disciplinas, amostras biológicas, fármacos, patentes, entre outros.

Pesquisadores da Rede Genômica da Fiocruz buscaram respostas para o mecanismo da reinfecção pelo coronavírus e estudos desenvolvidos por este grupo apontaram para um potencial de “escape” da resposta imune, um mecanismo relevante para explicar o rápido espalhamento do vírus pela população. A mesma rede foi responsável pelo primeiro sequenciamento do genoma completo do novo coronavírus na região Norte e pela descoberta da variante gama. Os estudos de efetividade das vacinas e da vacinação no Brasil, conduzidos pela Fiocruz, comprovam seu impacto na prevenção da ocorrência de formas graves, na diminuição da hospitalização e na redução de mortes por Covid-19. Estes são apenas alguns exemplos entre muitos projetos de pesquisa que auxiliaram a construir ações concretas de enfrentamento da Covid-19 no Brasil.

Tudo isso somente foi possível graças às bases científicas consolidadas na instituição ao logo de mais de um século. Segundo a Pesquisa sobre Percepção Pública da Ciência e Tecnologia da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Fiocruz é a instituição científica mais lembrada pela população brasileira. Em pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Sou Ciência, em parceria com o Instituto Ideia Big Data, 56,8% da população brasileira consideram a Fiocruz a instituição mais importante para o país quando o assunto é saúde e ciência. Estudo recente, realizado por uma equipe da Universidade de Stanford (EUA) e publicado no Journal Plos Biology, colocou 31 cientistas da Fiocruz entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo.

Por todo o trabalho realizado durante a pandemia de Covid-19 e pelo cotidiano de dedicação à ciência, mesmo em contexto adverso de cortes orçamentários em ciência e tecnologia, é que gostaria de agradecer a todo o trabalho realizado pelos pesquisadores, assim como os demais trabalhadores, que demonstraram o valor e a relevância da pesquisa realizada na Fiocruz.

Nísia Trindade Lima
Presidente da Fundação Oswaldo Cruz

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