11/03/2022
Erika Farias (CCS/Fiocruz)
A Fiocruz, por meio do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça, promove no dia 17 de março, das 10h às 12h, mais uma edição da roda de conversa Trajetórias Negras na Fiocruz. O encontro on-line, que acontece no mês em que é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e faz parte do movimento 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, recebe como convidados profissionais negros e negras da instituição, que narram sua trajetória academia e profissional, desnudando obstáculos impostos pelo racismo estrutural. O encontro será traduzido para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e conta com transmissão da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.
A oitava edição do Trajetórias Negras na Fiocruz recebe como convidadas a assistente social e coordenadora adjunta da Fiocruz Piauí, Elaine Nascimento; e a assistente social do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e integrante da Coordenação Colegiada do Comitê, Roseli Rocha. A mediação fica por conta da jornalista do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e integrante da Coordenação Colegiada do Comitê, Marina Maria.
Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
Em 21 de março é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), como memória ao “Massacre de Sharpeville”. Há 62 anos, a população negra da África do Sul lutava contra o Regime do Apartheid – regime de segregação racial. No dia 21 de março de 1960, tropas do exército atiraram em uma multidão que protestava pacificamente contra uma lei que obrigava negros a portarem um cartão que indicava os locais por onde poderiam circular. 186 pessoas ficaram feridas; 69 morreram.
A campanha 21 dias de ativismo contra o racismo foi criada no Rio de Janeiro, em 2017, com o objetivo de estimular ações que assegurem conquistas e ampliem as discussões sobre a necessidade de se avançar. Participam professores, pesquisadores, ativistas, estudantes, coletivos, entidades, instituições e militantes do movimento negro e da luta antirracista.
Comitê
O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz foi criado em 2009, com o objetivo de fortalecer temas étnico-raciais e de gênero na Fundação, colaborando para a atualização e direcionamento de políticas e ações: seja nas relações de trabalho, no atendimento ao público ou na produção e popularização do conhecimento. Sua criação está pautada no entendimento de que uma instituição de saúde pública cuida de pessoas.
A Fiocruz acredita no conceito de saúde ampliado, em que ter saúde não é apenas o contrário de estar doente. Saúde é um aspecto amplo e que envolve diversas esferas da vida pessoal e em sociedade. Promover cidadania, equidade de gênero e raça e acesso igualitário a oportunidades é também promover saúde. O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, assim como outras frentes de atuação da instituição, entre as quais pesquisa, ensino, assistência, inovação e comunicação, está em constante desenvolvimento para promover saúde ampla para seus mais de 10 mil trabalhadores e para a população brasileira. Todos permanentemente em defesa da vida.