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CD aprova Política de apoio ao estudante e debate cenário político


16/12/2022

Claudia Lima e David Barbosa (CCS)

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O Conselho Deliberativo da Fiocruz realizou a última reunião do ano em 15/12 presencialmente, no Campus Manguinhos. Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a Política de apoio ao estudante da Fundação Oswaldo Cruz. A presidente Nísia Trindade Lima, que estava em Brasília cumprindo agenda como integrante da equipe de transição do novo governo eleito, participou virtualmente do encontro.

A pauta envolveu discussões sobre o cenário político atual e a preparação da instituição para as mudanças possíveis. O Estatuto e o Regimento Interno da Fundação estabelecem que, no caso de impedimento definitivo do exercício do mandato pelo presidente eleito pela comunidade Fiocruz, o Conselho Deliberativo deverá convocar novo processo eleitoral em até 90 dias. Para acompanhar o cenário, ficou previamente agendada uma reunião extraordinária do CD, na primeira quinzena de janeiro.

Apoio ao estudante

A Política de Apoio ao Estudante define os princípios que vão orientar, a partir de agora, as ações de garantia do acesso, da permanência e da conclusão dos cursos oferecidos pela Fundação. O documento está estruturado em cinco eixos: infraestrutura; apoio pedagógico e acadêmico; inclusão social; apoio psicossocial e promoção da saúde; e participação estudantil.

Produzido ao longo de um ano por um grupo de trabalho formado por profissionais e estudantes de diversas unidades da Fiocruz, o texto passou por consulta interna antes de ser apresentado ao CD. Para o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Marco Menezes, relator do processo, a aprovação da política reforça o compromisso da instituição com a participação estudantil e a inclusão social de seus alunos:

“A Política de Apoio ao Estudante marca um momento de fortalecimento do Sistema Fiocruz e da potência que é a nossa construção coletiva. Ela dialoga com uma série de outras políticas, como a criação do Centro de Apoio ao Discente (CAD), e dá um arcabouço organizacional para que possamos caminhar ampliando, cada vez mais, a participação e a inclusão social dos nossos estudantes”, destacou.

Homenagem a Antônio Carlile

O CD homenageou com uma placa Antônio Carlile, que deixa a coordenação da Fiocruz Ceará este ano para trabalhar em projetos na atenção primária. Formado em microbiologia, o sanitarista tem uma trajetória reconhecida na área da saúde. Quando professor da Universidade de Brasília (UnB), entre 1969 e 1978, Carlile construiu as bases do sanitarismo comunitário e iniciou as pesquisas para a construção Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), uma das marcas de sua gestão como secretário de Saúde do Estado do Ceará, entre março de 1987 e abril de 1988.

O programa tornou-se permanente e foi adotado pelo Ministério da Saúde em 1991. Ele ajudou a criar o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE), que presidiu de 1989 a 1991. Premiado pelo Unicef, representou o Brasil no Encontro Internacional dos Prefeitos Amigos da Criança, realizado no México, em 1994. Na África, iniciou em 2007 a implantação do Programa Agentes Comunitários de Saúde em Luanda, Angola. Em 2014 ajudou o governo angolano a regulamentar o PACS.

"Claro que a medicina é muito importante para a saúde, mas a gente precisa, acima de tudo, de solidariedade”, discursou Carlile. “Que as autoridades pensem no Brasil. Fico muito satisfeito de, nesse momento em que me afasto da Fiocruz Ceará e volto ao meu papel de pesquisador, de trabalhar pelo Nordeste. Estou há 14 anos na Fiocruz e hoje agradeço muito pelo que aprendi aqui. Quero dedicar os anos que tenho ao meu sertão", despediu-se.
 

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