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Saúde no Trânsito: desafios e propostas para um caminho mais seguro


09/12/2024

Marcelle Martins - Ascom Cogepe

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A preocupação com a segurança no trânsito em áreas de circulação de trabalhadores pautou evento realizado na CST, em 14 de novembro. O “Saúde em Trânsito: prevenção de acidentes no campus Manguinhos” apontou a necessidade de ações rápidas e efetivas para garantir a segurança do coletivo de trabalhadores. Demandas como a desrespeito à sinalização e acidentes frequentes foram alguns dos pontos trazidos ao debate.

Questões levantadas

Excesso de veículos em áreas restritas: Bruno Macedo, do Núcleo de Alimentação, Saúde e Ambiente (Nasa/CST/Cogepe), é treinador físico do Circuito Saudável. Ele relatou que motos circulam em áreas que deveriam ser exclusivas para pedestres, como o Caminho de Oswaldo. Ele sugere medidas como a instalação de cones e placas proibitivas de acesso.

A pressa de motociclistas entregadores: Carlos Eduardo Barbosa, enfermeiro do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/CST/Cogepe), alertou para os riscos que esses condutores representam. "A pressa pela entrega faz com que desrespeitem faixas de pedestres, quase atropelando pessoas", comentou.

Ampliação da inclusão na sinalização: Alexandre Clecius, trabalhador surdo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) sugeriu a instalação de placas que representem diferentes tipos de deficiência, indo além dos cadeirantes, pois, muitas pessoas acham que a vaga é restrita apenas para esse tipo de deficiência. Já o trabalhador Pedro Paulo do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) que também é surdo, relatou um incidente em que ele e uma amiga também surda quase foram atropelados por não ouvirem a aproximação de um carro em ré. Portanto, sugeriu a sinalização de que há circulação de pessoas surdas pelo campus, a fim de redobrar a atenção dos condutores. 

Propostas apresentadas 

Os participantes apontaram soluções que podem ser implementadas a curto e longo prazo. Acompanhe:

Blitz de conscientização: inspirado no “Dia D da Vacinação”, a enfermeira Thais Alencar, sugeriu uma campanha para educar motoristas e pedestres.

Canal institucional para denúncias: Thaysa Garcia, chefe do Núcleo de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador Maduro (Naistm/CST/Cogepe) sugeriu a criação de um sistema rápido de comunicação via WhatsApp para reportar irregularidades, de modo que as providências junto aos infratores pudessem ser imediatas. Esta sugestão também foi compartilhada por outros participantes do evento.

Educação continuada: o técnico de Segurança do Trabalho, Washington Diego de Oliveira, integrante da comissão e do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador (Nuvst/CST/Cogepe), ressaltou a importância de treinamentos regulares nos Grupos de Trabalho (GTs), destacando o uso de caminhos seguros pelos pedestres.

Mais sinalização: Juliene Teixeira, do Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz (DPH/COC) propôs placas de sinalização, especialmente em áreas com crianças. “No campus vemos turmas inteiras de estudantes visitando a Fiocruz. É preciso que exista uma sinalização educativa, para que os motoristas saibam que há grande quantidade de crianças por perto”.  

Vagas exclusivas para idosos: Jorge Moreira, coordenador do Núcleo de Biossegurança e Bioproteção em Saúde (NBBS/CST/Cogepe), apontou a necessidade de estacionamentos próximos ao Nust, devido ao número elevado de pacientes idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Ações dos trabalhadores

Nancy Chagas, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), acredita na força da educação como ferramenta para mudança. "O trânsito é agressivo e nós repetimos o que fazemos na rua aqui dentro, portanto, a ação educativa é essencial para evitar disputas no trânsito e criar uma cultura de respeito", destacou. Já a técnica de segurança do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Sandra Miranda, reforçou a necessidade de registrar e sinalizar os problemas.

Documento

As demandas e propostas apontam para a urgência de medidas integradas que priorizem a segurança e a educação no trânsito, em especial em áreas de trabalho e circulação intensa. Como conclusão do evento, a comissão preparará um documento com os apontamentos e sugestões feitos pelos trabalhadores. Posteriormente, o compilado será encaminhado à Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic), na perspectiva de um trabalho em parceria, tendo em vista ser a unidade competente e legítima pela administração do campus

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