06/05/2020
Ascom/Fiocruz Brasília, com informações da Agência Brasília
A Fiocruz Brasília e o Governo do Distrito Federal (GDF) assinaram, no dia 5 de maio, ordem de serviço que dá início ao convênio de cooperação técnico-científica para o desenvolvimento de projetos de saúde digital no diagnóstico, tratamento e prevenção da Covid-19. A cerimônia, realizada no Salão Nobre do Palácio do Buriti, sede do Governo, foi transmitida em tempo real, e pode ser acessada aqui.
A parceria envolve a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), e a Fiocruz Brasília. O convênio possibilita acelerar o desenvolvimento de terapias e diagnósticos para combater a atual pandemia, além de incorporar a aplicação de novas tecnologias à estrutura permanente do sistema de saúde e minimizar danos de futuras emergências sanitárias.
A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, ressaltou a parceria com a FAP-DF, Secretaria de Saúde do DF e UnB, e afirmou que esforços estão sendo empreendidos para que a tecnologia possa facilitar e contribuir no enfrentamento ao novo coronavírus, no diagnóstico, tratamento e prevenção à covid-19. “A pandemia de Covid-19 tem nos apresentado desafios e necessidades de enfrentamento a diferentes situações com celeridade, para que possamos oferecer uma saúde pública de qualidade para a população e, em especial, aqui do DF”.
Damásio enfatizou, ainda, a importância da realização de capacitação de profissionais para lidar com as soluções digitais para a saúde e também com o fortalecimento da rede de inovação do DF na linha da construção de novas tecnologias para a saúde, para que possam ser desenvolvidas estratégias que sejam benéficas para a população. “Que a gente siga adiante fortalecendo a saúde pública e a ciência e tecnologia no DF”, finalizou a diretora.
Convênio
Estão previstas a avaliação e fomento de soluções em saúde digital, projetos de inovação, serviços e produtos tecnológicos digitais (Artificial, Machine Learning, Realidade Virtual, Big Data, Blockchain, Wearables, entre outras) que se enquadrem no enfrentamento da Covid-19 e das consequências da pandemia nas diversas áreas de conhecimento. A expectativa é alcançar tecnologias digitais para diagnóstico, tratamento, prevenção (telessaúde, patologia digital); capacitar os profissionais de assistência e gestão da saúde para atuarem no sistema de saúde digitalizado; criar uma rede cooperativa de ciência e tecnologia da cadeia de saúde digital do DF fortalecida para o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas de enfrentamento de doenças infectocontagiosas; ampliar a capacidade geral de diagnóstico ampliado da Secretaria de Saúde.
Entre as iniciativas, destaca-se a plataforma de telemedicina, em fase de implementação, para criar condições para que pacientes sejam atendidos mais rapidamente pelo Samu e nos casos de urgência, acelerando a gestão de diagnóstico. Até o momento, são cerca de 250 voluntários cadastrados no projeto, contando com profissionais de Brasília e de outros lugares do Brasil. “A telemedicina fará uma revolução na gestão de dados e na tomada de decisão no sistema de saúde”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do DF, Gilvan Máximo, que ressaltou, ainda, a expertise da Fiocruz. “Trata-se de uma instituição respeitada internacionalmente, que foi nomeada como laboratório de referência pela Organização Mundial de Saúde para a Covid-19 nas Américas”, frisou.
“É uma parceria importante porque vai incluir e dar dignidade às pessoas, com resultados positivos para a sociedade”, defendeu o secretário de Saúde do DF. “Iniciativas como essa são um testemunho do talento do brasiliense, que em pouco tempo tem pensado e apresentado propostas no sentindo de combater a difícil situação atual”, elogiou o diretor presidente da FAP-DF, Alessandro Dantas.