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Pesquisadores lançam livros em acesso aberto falando sobre medo, solidariedade e memórias


29/02/2024

Fonte: Icict/Fiocruz

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Pesquisadores do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) e do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), ambos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) – Kátia Lerner e Igor Sacramento – lançaram suas publicações em acesso aberto, juntamente com outros autores, onde alinham o olhar da comunicação sobre a saúde. 

Organizado por Kátia Lerner, Cristina Teixeira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Paulo Vaz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o livro Entre medo e solidariedade: mídia, política e alteridade na covid-19 trata das reflexões e análises de um grupo de pesquisa chamado "Covid-19 e Subjetividade Neoliberal", que se formou em resposta à pandemia da Covid-19. Os membros desse grupo se reuniam semanalmente para discutir as questões levantadas pela crise, especialmente relacionadas ao neoliberalismo e suas implicações na resposta à pandemia.

Desses encontros, foram gestados 10 artigos de pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA), de Pernambuco (UFPE), de Mato Grosso do Sul (UFMS), do Rio de Janeiro (UFRJ e UFF), além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e das universidades do Porto e do Minho, de Portugal.

Os capítulos tratam desde “as emoções evocadas pela pandemia até o papel dos meios de comunicação na disseminação de informações e desinformação sobre a Covid-19, passando pela polarização política em torno das medidas de combate à pandemia e as consequências sociais, econômicas e de saúde pública da crise”.

Para baixar o livro, clique aqui 

A outra publicação é A infecção e suas memórias: o testemunho e a exposição do viver com HIV no YouTube, de Igor Sacramento e J. Antônio Cirino, da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ), que – segundo Sergio Villanueva Baselga, professor da Universitat de Barcelona (Espanha), os autores mostram em seu livro a grande relevância que plataformas como o YouTube têm na luta contra o estigma do HIV. Através de suas páginas entendemos como esse tipo de plataforma, além de ser um arquivo para a memória futura do HIV, serve como canais de enunciação para uma multiplicidade de subjetividades que, em uma conversa conjunta, buscam problematizar e fazer a história do que é viver com HIV em uma época, como a atual, marcada pela indetectabilidade e intransmissibilidade.

O texto, dividido em cinco capítulos, apresenta depoimentos retirados do Youtube e as análises feita pelos autores que, segundo Baselga, se inserem na feroz luta pelos termos pelos quais se define uma situação de saúde e, portanto, a identidade da multiplicidade de subjetividades que, tendo em comum a vivência com o HIV, apresentam vidas divergentes, descentradas e diversas.

Para os autores, a reconstrução de si pelo testemunho é uma consideração importante desta obra. Por meio das narrativas autobiográficas com características de televisualidade circulada pelo YouTube, tanto aquele que testemunha como a audiência do testemunho têm possibilidades de beneficiar-se em sua reedição diuturna para a melhoria de si e do mundo em que vivemos quando consultamos as memórias arquivadas.

O livro pode ser obtido aqui

Ambos os livros foram lançados pela Editora Pimenta Cultural e estão também disponíveis no portal de livros em acesso aberto Porto Livre, do Icict/Fiocruz.

 

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