O Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza em 26 de novembro, das 10h às 12h, o Trajetórias Negras na Fiocruz, projeto iniciado em 2018 com o objetivo de reunir trabalhadores negros da instituição para compartilharem vivências profissionais e pessoais, refletindo ao mesmo tempo sobre o racismo estrutural e as desigualdades raciais enfrentadas cotidianamente. Desta vez, o encontro será on-line, em função das recomendações de distanciamento social diante da pandemia de Covid-19, com transmissão pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz [1] no YouTube.
Os convidados para apresentarem seus depoimentos nesta quinta edição do Trajetórias Negras na Fiocruz são Wanessa Natividade, nutricionista do Centro de Saúde do Trabalhador da Coordenação Geral de Pessoas (CST/Cogepe/Fiocruz), e Hermano Castro, diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). E, para a mediação do debate, o encontro terá a participação de Mychelle Alves, pesquisadora do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN). Na programação deste ano, está prevista também uma atividade de intervenção cultural de contação de história com Fátima Loroza, integrante do Comitê Pró-Equidade representando o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).
O encontro acontece neste mês para marcar o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e, assim, fortalecer uma agenda institucional pelo reconhecimento da diversidade étnico-racial e pela consolidação de práticas antirracistas na Fiocruz. Quem ressalta a importância dessa iniciativa é Roseli Rocha, integrante da coordenação colegiada do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fundação e assistente social do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
“Numa instituição do tamanho e importância da Fiocruz, acontecer um evento como o Trajetórias Negras é fundamental, sobretudo no que tange à valorização da diversidade étnico-racial nos seus quadros de trabalhadores e na reafirmação do compromisso institucional de enfrentamento ao racismo em suas múltiplas expressões. E especialmente hoje, em tempos tão adversos e duros, de acirramento da violência e do avanço estarrecedor do racismo, mais do que nunca, a importância dessa atividade se faz necessária e urgente”, destaca a coordenadora, lembrando que, ao longo deste ano, o Comitê Pró-Equidade tem realizado uma série de encontros virtuais abordando temas pela equidade de gênero e raça, assim como sobre pautas pelo reconhecimento da diversidade sexual.
O Trajetórias Negras na Fiocruz contará com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), visando oferecer medidas de acessibilidade. Participe da atividade [2].