10/05/2013
Trazido ao Brasil pela Fiocruz em 2012, o projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil entra em nova fase no estado do Rio. O projeto é uma iniciativa científica pioneira de controle da dengue e está em andamento em outros quatro países. A nova estratégia parte da inoculação da bactéria Wolbachia em mosquitos do tipo Aedes Aegypti para bloquear a transmissão do vírus da dengue, de forma natural e autossustentável.
Nessa fase do projeto, equipes de Entomologia de Campo e de Engajamento Comunitário atuam em quatro localidades nas cidades do Rio de Janeiro e em Niterói, recolhendo os mosquitos capturados por armadilhas instaladas anteriormente nas residências de 120 cidadãos, que são parceiros do projeto. Os bairros que participam do estudo são Vila Valqueire, Urca, e Tubiacanga, no Rio de Janeiro; e Jurujuba, em Niterói.
Nos laboratórios da Fiocruz, os mosquitos Aedes aegypti coletados nas localidades estudadas foram cruzados com mosquitos com Wolbachia, trazidos da Austrália com a autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). Eles deram origem a ovos que nascem naturalmente com Wolbachia.
O método de controle da dengue é baseado na soltura programada dos mosquitos com Wolbachia, que, ao se reproduzirem na natureza com mosquitos locais, passam a bactéria de mãe para filho através dos ovos. Com o passar do tempo, a expectativa é de que a maior parte da população local de mosquitos tenha Wolbachia e seja incapaz de transmitir dengue.
Na Austrália, mosquitos que receberam a Wolbachia em laboratório foram soltos de forma sistemática, em algumas localidades no norte do país, em 2011. Nestes locais, a presença de mosquitos com a bactéria bloqueadora do vírus se tornou predominante de forma eficaz e autossustentável.
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