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Pesquisa analisa a realidade de jovens usuários de crack no município de Niterói


15/04/2013

Fonte: Informe Ensp

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O Estudo compreensivo sobre adolescentes usuários de crack, seus familiares e atuação dos serviços de atenção pesquisou a realidade de jovens usuários de crack no município de Niterói (RJ) e mostrou que as vulnerabilidades presentes em suas histórias de vida são potencializadoras do consumo abusivo da droga entre o grupo.

Desenvolvido pela psicóloga Érica Vieira e orientado pela pesquisadora do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp), Cecília Minayo, o estudo apontou que a maior parte dos jovens participantes da amostra são oriundos de um segmento social mais empobrecido, apresentam histórico de evasão escolar, são provenientes de famílias nas quais a mãe é a única responsável, possuem histórico de atendimento no Conselho Tutelar, já viveram em situação de rua ou em acolhimento institucional, ou já transitaram por diferentes serviços da Rede de Assistência Social.

A pesquisa buscou caracterizar os adolescentes usuários de crack que são acompanhados por uma equipe de referência infanto-juvenil para ações de atenção ao uso de álcool e drogas, em Niterói, para mapear a trajetória institucional desses jovens, com o intuito de conhecer e problematizar o atendimento oferecido a eles na região. Para isso, foram analisados dados dos prontuários de atendimento de 61 adolescentes, entre 12 e 17 anos, com relato de uso de crack, além de entrevistas com os próprios jovens, seus familiares e profissionais de saúde que integram as equipes de atendimento. No grupo analisado, identificou-se que muitos jovens já se envolveram com o tráfico de drogas, sofreram ameaças de morte, participaram de roubos ou furtos; no caso das meninas, houve a prática da prostituição. Também se observou grande descompasso entre as expectativas dos familiares e dos adolescentes entrevistados, e as atuais concepções de cuidado em saúde mental voltadas para os usuários de álcool e outras drogas.

Segundo Érica, outro ponto que chamou a atenção nos resultados foi o fato de ser quase igual o percentual de meninas e meninos com participação no tráfico de drogas. 

Leia mais no Informe Ensp.

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