Debates marcam segundo dia do seminário de saúde indígena na Fiocruz

Foto: Guttemberg Brito

O segundo dia do seminário "Avanços e Desafios da Saúde Indígena no Brasil: Contribuições dos projetos da parceria Fiocruz/Sesai" ficará na memória e história da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Toré, ritual sagrado dos povos indígenas, conduzido pelo pajé Celso Celestino Xucuru kariri, presidente do Fórum dos Presidente de Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi), foi realizado em frente ao Castelo Mourisco, sede da instituição, e marcou o encerramento das atividades do seminário nesta quarta-feira (30). A atividade reuniu os participantes do evento e foi carregada de emoção. 

O seminário, realizado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) e a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai/Ministério da Saúde), no Museu da Ciência, em Manguinhos/RJ, teve por objetivo  promover o debate sobre a saúde indígena no Brasil, a partir da apresentação dos resultados dos 20 projetos da parceria Fiocruz/Sesai. 

Foto: Guttemberg Brito

Durante todo o dia os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os projetos e debater sobre cada um deles com os coordenadores e integrantes. Os projetos são apoiados pelo Programa Inova e abordam diferentes temas da saúde indígena junto a diversas comunidades indígenas em âmbito nacional. Além dos 20 projetos, outros 17 estão em andamento.

Foto: Suzane Durães

Para o coordenador de Ambiente da VPAAPS, Guilherme Franco Netto, esses projetos constituem a consolidação da relação orgânica da Fiocruz com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e o comprometimento da instituição voltado para o sistema de saúde indígena. “Isso vai fazer com que a Fiocruz crie novos arranjos de curto prazo (período de 2024 a 2026) para intensificar ainda mais o apoio ao Sistema de Saúde Indígena brasileiro”, destacou.

De acordo com a assessora técnica da VPAAPS, Sandra Magalhães Fraga, o Seminário foi a culminância de cinco anos de parceria na execução de trabalhos com temas fundamentais para a saúde indigena, em um cenário de enfraquecimento das politicas publicas e ataque aos indigenas que impôs imensos desafios. Os projetos abordaram temas como educação, poluição, medicina tradicional indígena, entre outros, com ênfase no fortalecimento no fortalecimento do Subtema de Atenção à Saúde Indígena e abrangeram todos os biomas e regiões do Brasil.

"Estamos felizes e honrados receber em nossa casa os atores indígenas e não indígenas que coletivamente resistiram e avançaram. Foram projetos em diferentes territórios, em parceria com povos e organizações indígenas e instituições de ensino e pesquisa.A diversidade de temas marcou a contribuição dos projetos como incêndios florestais, mercúrio, formação, agroecologia, medicina tradicional indigena, entre outros. Gratidão e respeito ao movimento indígena", destacou.

Os materiais dos projetos, como livros, filmes e outros foram expostos e distribuidos nos  estandes na Tenda Cultural Diálogos e Saberes, ao lado do Museu da Vida.

Foto: Gutemberg Brito

Saiba mais sobre os projetos.