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Diferentes possibilidades de divulgação científica- Luís Amorim - Museu da Vida/Fiocruz

Diferentes possibilidades de divulgação científica- Luís Amorim - Museu da Vida/Fiocruz

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Ao discorrer sobre aspectos teóricos da divulgação da ciência, Luis Amorim ressaltou a importância do diálogo que se deve ter entre os profissionais que atuam na divulgação científica e o público, estimulando seu engajamento e participação. “A melhor forma de se fazer a divulgação científica é pelo diálogo. Voltando aos modelos sobre formas de se fazer divulgação que comentei [déficit, contextual, engajamento público e expertise leiga], precisamos que as pessoas conheçam e entendam melhor a ciência. Isso gente faz não com uma simples palestra, não só de uma forma, mas de muitas formas. Empoderar, discutir políticas públicas e formas de recurso são aspectos importantes para a gente fortalecer a divulgação científica”.
Amorim destacou ainda a atuação do Museu da Vida tanto na capacitação de recursos humanos na área quanto na divulgação da ciência para diferentes públicos, com a realização de exposições interativas, atrativas e tecnológicas. “Também atuamos na parte da Comunicação do Museu da Vida, com site, inserção das mídias sociais, como Facebook, Twitter, Instagram, Flickr e Youtube. Temos o Blog do Explorador Mirim e o Informativo mensal Ciência e Sociedade”, elencou.
“Trouxe alguns exemplos para pensarmos em uma comunicação mais dialógica, e temos isso com a web 2.0., caracterizada por não haver hierarquia entre os polos”, afirmou. Segundo os dados apresentados por Luis, no Brasil, 120 milhões de pessoas estão conectadas a Internet; 62 milhões acessam diariamente o Facebook, que possui 117 milhões de usuários no país; os brasileiros são líderes no tempo gasto nas redes sociais, correspondendo a 60% maior que a média mundial; o Youtube tem mais de um bilhão de usuários (um terço da Internet). 85 milhões de brasileiros assistem a vídeos online; destes, 82 milhões assistem pelo Youtube. Para Amorim, o número de pesquisa que aborda a ciência nas redes sociais ainda é muito pequeno, apesar do atual contexto.
Ao apresentar algumas dessas pesquisas realizadas nos últimos anos, sobre os temas: centros de ciência no Facebook: como o Jardim Botânico, Mast, MCV e Planetário dialogam com seu público por esta rede social; Zika e microcefalia na página da Fiocruz no Facebook; e Fosfoetanolamina sintética: a repercussão da pílula do câncer no Youtube, o pesquisador ressaltou a importância de se “pensar, também, nos usos dos recursos disponibilizados por essas mídias como forma de estimular o engajamento nas redes sociais”, como as postagens que associam imagens a textos, e que alcançam mais público que as postagens que apresentam apenas textos.
A interação do público foi outro aspecto ressaltado por Amorim, acerca do seu comportamento das instituições diante dos comentários. “De que forma as instituições tem buscado empoderar o visitante online”, provocou. “Apesar de a web 2.0. preconizar a interação com o público, as pesquisas mostram que as instituições não têm se comportado dessa forma. Fazer isso não é simples”, disse.
Ao encerrar suas colocações, Amorim enfatizou: “temos que pensar em alguns desafios,. como essa questão de como fazer engajamento público e ciência, nós temos que pensar em novos modelos, mas saber das dificuldades. Alguns dos projetos que apresentei foram apoiados por recursos externos, e são muito caros. Esse é um desafio. E também como fazer a divulgação científica com o uso das tecnologias sociais, como as mídias sociais utilizadas pelos adolescentes, entre elas Snapchat e Whatsapp, são desafios tanto para pesquisa quanto para divulgação científica”. Entre outros desafios apontados estão as questões orçamentárias, recursos, pelos cortes na área da divulgação científica e da ciência e tecnologia, à nacionalização da divulgação científica, ainda muito concentrada nas regiões sul e sudeste, assim como acontece com os museus, concentrados nesses mesmos locais. “Temos que pensar, também, nas questões de políticas públicas em termos da divulgação científica”, pontuou.

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Data do vídeo: 
10/04/2018 - 12:42
Canal do vídeo: 
Fiocruz Brasília (Fundação Oswaldo Cruz - Brasília)

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