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Padrão de qualidade do Laboratório de hanseníase do IOC é reafirmado

Funcionários do laboratório

20/07/2017

Por: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz) e Renata Moehlecke (AFN)

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O Ambulatório Souza Araújo, unidade assistencial que presta atendimento a pacientes com hanseníase no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e o Laboratório de Hanseníase do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) permanecem alinhados a padrões de excelência internacional. O reconhecimento foi avaliado pela Joint Commission International (JCI), tradicional comissão acreditadora dos Estados Unidos, após uma série de aferições na infraestrutura, atendimento e desempenho da equipe. O procedimento revalida o Certificado de Acreditação Internacional conferido pela instituição em 2014, e destaca os avanços alcançados pelo Instituto nos últimos três anos. “A Fiocruz é uma grande colaboradora para o trabalho em hanseníase do Ministério da Saúde. O Ambulatório e o Laboratório são centros de referência de apoio em pesquisa, diagnóstico e capacitação. A acreditação é um resultado importante que fortalece as nossas ações no âmbito nacional”, comentou a pesquisadora Carmelita Ribeiro, coordenadora-geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde. Assista à reportagem em vídeo:

Ao todo, a Fiocruz possui cinco centros e laboratórios que já receberam acreditação ou foram reconhecidos pela cultura de segurança e qualidade no atendimento aos pacientes. Em maio deste ano, a Fundação instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para acompanhamento de revalidações e de futuras acreditações. "Com reuniões mensais, o grupo visa acompanhar mais diretamente o processo de reacreditação e de acreditação dos diversos centros de saúde da Fundação, garantindo a manutenção de um padrão de excelência dos serviços, atendimentos, processos de trabalho e segurança de uma forma geral", explicou Patricia Canto, assessora da Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e representante do GT.

Ao receber o título pela primeira vez em 2014, o ambulatório do IOC passou a ser reconhecido como o primeiro centro brasileiro do país especializado em hanseníase a atuar alinhado aos padrões de excelência internacional. Agora em 2017, o espaço manteve a certificação. O processo de acreditação deve ser revalidado sempre a cada três anos.

“A avaliação positiva mostra que o Ambulatório Souza Araújo e o Laboratório de Hanseníase do IOC seguem rigorosas exigências relacionadas ao cuidado com o paciente e seus familiares, bem como a utilização de dados para o desenvolvimento de pesquisa científica”, destacou Milton Ozório, chefe do Laboratório de Hanseníase. “Alcançamos um nível de desempenho dentro das conformidades para um atendimento de excelência, que zela pela segurança e bem-estar do paciente e garante a efetividade do tratamento e da conduta médica. Todas as melhorias implementadas contaram com o empenho de uma equipe coesa, e refletem um ganho de nível institucional”, complementou Euzenir Sarno, pesquisadora do Laboratório de Hanseníase, que esteve à frente do processo de acreditação desde o início, em 2008.

Acreditações na Fiocruz

A primeira unidade da Fiocruz a receber o selo de acreditação foi o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), em outubro de 2011. No mesmo ano, a certificação também foi conferida ao Serviço de Referência Nacional em Filarioses do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco). Em 2012, o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria, vinculado a Ensp/Fiocruz, tornou-se a primeira unidade de atenção primária no mundo a receber a certificação da comissão internacional. Logo em seguida, foi a vez do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust) da Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (Cogep/Fiocruz) ganhar o reconhecimento pela qualidade dos serviços prestados.

Em todos esses casos, a acreditação foi concedida pela JCI. As normas que regem a acreditação desta comissão avaliadora estimulam a melhoria contínua, sistemática e organizacional no desempenho diário das atividades e, por consequência, nos resultados do atendimento ao paciente. O Certificado de Acreditação Internacional está sujeito a ciclos trienais de avaliações. Para a revalidação da certificação dos serviços voltados para a hanseníase, auditores da JCI realizaram visitas focais ao Ambulatório e ao Laboratório do IOC, nos meses de janeiro e maio de 2017, para verificar a conformidade dos serviços e apontar a necessidade de melhorias. Entre os critérios avaliados, estão as estratégias de controle de qualidade, segurança e infecção; a implementação de processos internos de validação de dados relativos ao paciente, e o gerenciamento de instalações (inspeção, testagem, manutenção), que visa melhorias de eficácia.

“A conquista, motivo de muito orgulho para o IOC, é resultado da combinação de expertise e competência de um grupo de trabalho que se mostra cada vez mais maduro. A validação da acreditação foi possível graças à colaboração de um conjunto de instâncias do IOC e da Fiocruz, que inclui a Coordenação-Geral de Infra-Estrutura dos Campi, Departamento de Suporte e Infraestrutura Laboratorial, Gestão da Qualidade, Brigada de Incêndio e serviço de limpeza”, apontou Elizabeth Ferreira Rangel, vice-diretora de Laboratórios de Referência e Coleções Biológicas do IOC.

Acompanhamento e busca por melhorias

Formado pela Presidência da Fiocruz e com representantes das diversas unidades da Fundação, o novo GT de acompanhamento de revalidações e de futuras acreditações também tem como objetivo a avaliação de modelos e outras instituições acreditadoras, além da JCI. "Pretendemos buscar novos métodos de avaliação, a partir do mapeamento dos processos de trabalho na Fiocruz, a fim de qualificarmos ainda mais o atendimento de pacientes. Além disso, estamos procurando outras instituições acreditadoras mais voltadas para a realidade brasileira e adequadas a legislação nacional, para assegurar ainda mais a qualidade de nossos serviços", explicou Patrícia Canto.

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