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Fiocruz e Fundo de População da ONU articulam plano de trabalho


16/12/2016

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Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz) e Pamela Lang (CCS/Fiocruz)

Durante dois dias (7 e 8/12), representantes da Fiocruz e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estiveram reunidos no Rio de Janeiro para discutir um plano de trabalho para os próximos cinco anos. A iniciativa é a materialização do memorando de entendimento assinado entre as duas instituições em julho deste ano e marca um importante passo para a cooperação.

Representantes estiveram reunidos no Rio de Janeiro para discutir um plano de trabalho para os próximos cinco anos (foto: Luiza Gomes)

Segundo o representante da UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, existe uma confluência e uma harmonia entre as áreas de atuação da UNFPA e da Fiocruz que pode ser trabalhada conjuntamente. “Existe uma agenda pendente no Brasil sobre sexualidade reprodutiva e direitos sexuais e reprodutivos que entendemos ser parte essencial da agenda de desenvolvimento e de direitos humanos. Nosso papel é unir forças à Fiocruz para apoiar essa agenda”, afirmou Nadal.

A vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Nísia Trindade, reforçou a importância dessa agenda institucional para a Fundação e falou sobre a necessidade de  convergência das iniciativas de ambas as instituições. “Temos que dar visibilidade à juventude nas políticas públicas, sejam elas no campo da saúde, da educação ou da inclusão social. Essa cooperação vai permitir que nos reforcemos mutuamente e que possamos consolidar uma agenda voltada para a questão da juventude nas diversas áreas de atuação da Fiocruz”, comentou Nísia.

No encontro, foram definidos sete eixos temáticos que nortearão o Plano de Trabalho: Informação e a Comunicação; Produção e gestão do conhecimento; Mobilização, participação social, gestão participativa e vigilância popular em saúde; Cooperação Sul-Sul (modalidade de cooperação técnica internacional entre países em desenvolvimento); Formação e educação permanente; Adolescências, juventudes e habilidades para a vida; Direitos e saúde sexual e reprodutiva.

Nísia Trindade reforçou a importância de uma agenda institucional para a Fundação e falou sobre a necessidade de convergência das iniciativas de ambas as instituições (foto: Luiza Gomes)

Também foi elaborada uma declaração de princípios orientadores para a construção do Plano. Dentre os tópicos apontados, está o compromisso em cooperar pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e no fortalecimento das políticas públicas de saúde, considerando os seus determinantes sociais, incluindo o racismo. O texto também prevê a articulação com a sociedade civil, instâncias governamentais e outros atores estratégicos.

“Esse processo de trabalho vai ajudar a forjar um modo de operar com as Nações Unidas, reforçando a nossa capacidade de incidir sobre as políticas globais, a partir de uma lógica Sul-Sul, de uma lógica brasileira. Não é um arranjo apenas interno, entre as instituições, ele joga a gente para trabalhar para dentro do país e para fora”, declarou Valcler Rangel, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz).

Os eixos e resultados construídos pelos grupos na oficina serão discutidos e validados dentro das instituições nos próximos dois meses, e uma nova oficina será agendada para definição das ações concretas e redação do Plano de Trabalho. Em um terceiro momento, previsto para março, o plano de trabalho será apresentado para movimentos sociais, conselhos, e representações juvenis (institucionalizadas ou não), e as estratégias de monitoramento e avaliação popular serão traçadas conjuntamente.

Em 2017, está previsto um Seminário Nacional de Saúde e Juventudes, também organizado no âmbito da parceria entre a Fiocruz e o UNFPA. Além das unidades da Fiocruz, serão envolvidas lideranças dos movimentos juvenis, universidades, ONG’s, representações de conselhos da juventude, entre outros.

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