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Cursos de férias do IOC/Fiocruz atraem estudantes de vários cantos do país


06/02/2019

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

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Para 56 estudantes de graduação de diferentes regiões do Brasil, as férias de verão foram sinônimo de busca pelo conhecimento. Eles participaram da 21ª edição dos Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizada entre os dias 21 e 25 de janeiro, no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. A temporada Verão 2019 destacou temas como modelagem computacional, imunohistoquímica, biologia de helmintos e HIV. Os encontros, que aliam conteúdos teóricos e atividades práticas, são coordenados por estudantes da pós-graduação stricto sensu do IOC e pós-doutorandos, com a supervisão de pesquisadores do Instituto. “Oferecemos cursos de extrema relevância para a área de pesquisa em saúde no Brasil e que ajudam a difundir as linhas de pesquisa do Instituto. Como exemplos, o curso de Imunohistoquímica é importante na formação de bons profissionais em uma técnica amplamente utilizada, enquanto o curso de Modelagem Computacional aborda a interação entre a matemática e as biociências”, ressaltou a coordenadora da iniciativa, a pesquisadora Tatiana Maron-Gutierrez, do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC.

Participaram desta edição alunos de Rondônia, Piauí, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Bahia, Alagoas, São Paulo e Rio de Janeiro. Estudante de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Gislayne de Paula Bueno participou do curso HIV-1: mecanismos de infecção, escape e persistência viral. “É uma oportunidade de enriquecimento”, definiu a estudante. “Achei interessante fazer o curso por conta do intercâmbio que eu posso fazer entre o conhecimento do HIV e outros vírus da mesma família, os retrovírus, uma vez que pesquiso, na iniciação científica, a identificação dos vírus circulantes, em Curitiba, de FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina) e FeLV (Vírus da Leucemia Felina), que são da mesma família do HIV”, completou. 

Já a aluna de Biomedicina da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, Tatiane Lara de Oliveira, participou da iniciativa em busca de complemento ao aprendizado adquirido na graduação. “O que me motivou foi a experiência, o aprendizado de conteúdos que não são abordados com destaque na faculdade. É um curso bastante legal e dinâmico, principalmente as atividades em laboratório. Os professores são bem participativos e abertos ao esclarecimento de dúvidas, eles acolhem os alunos de forma agradável”, ressaltou a aluna que também participou da modalidade sobre o HIV. 

Estímulo à atividade de docência

Se por um lado os Cursos de Férias despertam a vocação de jovens cientistas de todo o Brasil, na outra ponta a iniciativa é uma oportunidade para que estudantes de mestrado e doutorado e pós-doutorandos do Instituto pratiquem a atividade de docência. Coordenador da modalidade sobre HIV, o pós-doutorando Jairo Ramos Temerozo destacou a importância da atividade. “Minha motivação foi contribuir para a divulgação da ciência e para a formação de novos pesquisadores. Além disso, a decisão de fazer um curso voltado para a pesquisa básica foi para enfatizar que sem esse tipo de pesquisa a inovação fica estagnada”, ressaltou Jairo, que foi aluno de mestrado e doutorado da Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular do IOC. A modalidade HIV-1: mecanismos de infecção, escape e persistência viral foi supervisionada pelo pesquisador Dumith Chequer Bou-Habib, do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo do IOC.

Nesta edição, os Cursos de Férias receberam mais de 500 inscrições. A aula inaugural contou com participação do pesquisador Hugo Caire, do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC, que abordou os desafios e as nuances da carreira de pesquisador. Também foram apresentadas como atividades extras palestras sobre princípios e aplicações da técnica PCR quantitativa em tempo real (qPCR) e o aceleramento de resultados pela técnica Western Blot. “A proposta dos cursos de férias é desenvolver o pensamento científico e abrir as portas do IOC para alunos de graduação de todo o país. Tivemos avaliações positivas dos estudantes sobre os cursos, tornando nosso trabalho ainda mais gratificante. Não poderia deixar de agradecer à comissão organizadora, à Secretaria Acadêmica, à Vice-Diretoria de Ensino, Informação e Comunicação e à Diretoria do IOC”, concluiu a coordenadora das atividades.
 

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