16/08/2024
Angélica Almeida (Agenda de Saúde e Agroecologia/VPAAPS)
Trabalhadoras da Fiocruz participaram de uma vivência em agrofloresta entre os dias 2 e 4 de agosto na Ecovila Aldeia do Altiplano, em Brasília. A atividade contou apenas com mulheres e foi conduzida pela agrônoma Fabiana Peneireiro, que tem mais de 25 anos de atuação na área.
Representantes da Creche, do Terrapia, da Cogic e da Agenda de Saúde e Agroecologia participaram do curso de agrofloresta
Foto: Arquivo de Danúbia Gardênia
A vivência permitiu entender o funcionamento das agroflorestas e trabalhar os princípios e as bases teóricas do sistema. Também contou com atividade prática de implementação de dois canteiros com árvores nativas, árvores para a nutrição do solo e hortaliças.
A participação no curso fortalece e inspira as ações com hortas e agroflorestas que fazem parte do Programa Fiocruz Saudável no campus Manguinhos, explica Danúbia Gardênia da Agenda de Saúde e Agroecologia, vinculada à Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS).
“Estamos dialogando internamente para entender quais espaços têm viabilidade e desejo de fortalecer as áreas verdes de sensibilização e de educação ambiental, de forma integrada às atividades que já são realizadas”, conta Danúbia.
A Creche, o Terrapia e a Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) são parcerias estratégicas neste processo e participaram do curso. “Pretendemos fazer uma agrofloresta na Creche. O Terrapia já faz o curso de agroecologia, tem uma área de manejo e a proposta é ampliar o espaço de agrofloresta e fazer uma formação para trabalhadores da Fiocruz. Também há a possibilidade de integrar as áreas de agrofloresta com a produção do pátio de compostagem da Cogic”, explica.
Muitos aprendizados na bagagem
As trabalhadoras destacam a riqueza da experiência vivida. “Realizar o preparo de uma área para plantio foi essencial para que pudéssemos consolidar o conhecimento. Além disso, estar entre mulheres incríveis, com experiências diversas, enriqueceu a vivência e trouxe aprendizados baseados nos processos vividos por cada uma delas”, afirma Manucie Junqueira da Coordenação de Projetos e Obras da Cogic.
As trabalhadoras Manucie Junqueira (Cogic) à esquerda e Ana Beatriz Felizardo (Terrapia) à direita, durante atividades práticas.
Foto: Danúbia Gardênia.
Ana Beatriz Felizardo, educadora do Terrapia, conta que trouxe aprendizados sobre técnicas de plantio e sobre a identificação de algumas espécies nativas do cerrado. Ela também destaca a experiência da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Itapoã, que foi implementada a partir do projeto do Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos, realizado em parceria com a Fiocruz Brasília.
No local, a fisioterapeuta do SUS Ayla Moura e seus pacientes promovem o cultivo comunitário de plantas medicinais, o uso de práticas agroflorestais e a saúde integrada. “É inspirador porque o Terrapia está no movimento de realizar mutirões pelos territórios do Rio de Janeiro e, em setembro, iremos realizar um mutirão na Clínica da Família Joãosinho Trinta”, afirma Ana Beatriz.
Ivania Martins de Araújo Barros, da gestão da Creche Fiocruz, também destacou a importância da visita ao horto agroflorestal: “foi uma experiência incrível, que evidenciou, dentre outras questões, uma bela ação em prol da saúde. Emocionante!”, avaliou.
Ivana afirma estar muito motivada para trabalhar no projeto de implementação de uma agrofloresta na Creche Fiocruz. “Volto encantada com as possibilidades de atividades nesse espaço com e para trabalhadores e crianças, e ampliando nossa rede de articulação em agroecologia na instituição e fora dela também”, ela disse.
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