16/08/2024
Júlio Pedrosa (Fiocruz Amazônia)
O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) comemora, em agosto, 30 anos de existência e atuação voltada para a sociedade, com a missão de contribuir para a melhoria das condições de vida e saúde das populações amazônicas, bem como o desenvolvimento científico e tecnológico regional. A comemoração será marcada por três dias de eventos, programados para ocorrer em espaços diferentes e simbólicos para a cultura, política pública e a ciência da região. Eventos científicos, culturais, de popularização da ciência, difusão do conhecimento e homenagens marcarão as festividades, começando, neste sábado (17/8), com o Fiocruz Pra Você, de incentivo à vacinação, com apoio da Secretaria de Saúde de Manaus, em que a Fiocruz Amazônia abrirá as portas para a comunidade, com mostras científicas de laboratórios, atividades lúdicas para crianças e a possibilidade de atualização da caderneta de vacinação com aplicação de diversos tipos de imunizantes.
A Fiocruz Amazônia conta hoje com uma comunidade estimada em 350 pessoas, entre pesquisadores, bolsistas, alunos de programas de pós-graduação e pessoal administrativo. Com sete laboratórios de pesquisa, tem ao todo sete programas educacionais (Foto: Fiocruz Amazônia)
Na segunda-feira (19/8), data em que a Fiocruz Amazônia completa 30 anos, a programação será marcada por duas festividades solenes, uma interna com homenagens especiais a parlamentares que apoiam a instituição, na sede da unidade, pela manhã, e no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, iniciando às 19h. No dia 20, a partir das 10h30, a Assembleia Legislativa do Amazonas homenageará instituições colaboradoras da Fiocruz Amazônia e pessoas que fizeram e fazem a história da instituição, atendendo propositura da Comissão de Saúde e Previdência. À noite, a partir das 19h30, haverá a apresentação do espetáculo Folguedos, do Balé Folclórico do Amazonas, no Teatro Amazonas, tendo a Fiocruz Amazônia como convidada especial da Secretaria estadual de Cultura.
A diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, enfatiza a importância das parcerias com outras instituições, no cumprimento do papel fundamental da Fiocruz Amazônia na formação e na capacitação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde. “Desde a sua criação, em 1994, a Fiocruz Amazônia vem contando uma história de conquistas e avanços para a ciência e a população amazônica, cooperando com a elaboração de políticas públicas e na produção de conhecimento científico e tecnológico. Ao longo destes anos, crescemos e nos modernizamos, ao ponto de expandirmos nossa atuação nos mais diversos territórios da Amazônia, assegurando qualidade de vida para todos os povos que habitam essa região”, destaca.
A Fiocruz Amazônia conta hoje com uma comunidade estimada em 350 pessoas, entre pesquisadores, bolsistas, alunos de programas de pós-graduação e pessoal administrativo. Com sete laboratórios de pesquisa, tem ao todo sete programas educacionais: Programa de Vocação Científica (Provoc), Programa de Iniciação Científica (PIC-ILMD), Mestrado e Doutorado em Biologia Parasitária (PPGBIO-Interação), Mestrado em Saúde Coletiva (PPGVIDA), com turma fora da sede de Sanitaristas Indígenas e o Mestrado e Doutorado do Vigifronteiras, Doutorado em Saúde Coletiva (DASPAM) e Mestrado Profissional em Rede (PROFSAÚDE). Os laboratórios da instituição são Diagnóstico e Controle de Doenças Infecciosas (DCDIA), Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA), História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA), Saúde de Populações Vulneráveis (SAGESPI), Pesquisa Clínica Carlos Borborema (IPCCB), Modelagem, Geoprocessamento e Epidemiologia (LEGEPI).
Ao todo, a Fiocruz Amazônia dispõe de seis plataformas tecnológicas (genômica, RT-PCR, Citometria de Fluxo, Bioensaios, Microscopia de Disecção e Laser e Bioprospecção, que integram a Rede de Plataformas Tecnológicas da Fiocruz), mais duas coleções biológicas (bactérias e fungos) e dois biobancos. Todas plataformas tecnológicas e coleções biológicas voltadas para melhor atender as necessidades e ajudar a enfrentar os desafios para ofertar saúde pública de qualidade às pessoas, com foco na redução de desigualdades sociais.
A Fiocruz Amazônia está presente nas periferias de Manaus, em municípios do interior, nas regiões de fronteira e comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas, desenvolvendo projetos de pesquisa e programas de pós-graduação visando a formação de recursos humanos, com destaque para o primeiro curso de Mestrado em Saúde Coletiva, na modalidade Sala Estendida (realizado fora da sede da instituição) voltado exclusivamente para indígenas do Alto Solimões, numa turma de 15 vagas oferecidas nesta iniciativa inédita de formação strictu senso do Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVIDA). O curso reúne tikunas, kambebas, kaikanas, marubos, kokamas e kanamaris, dos municipios de Tabatinga, Benjamim Constant, Atalaia do Norte, Amaturá e Santo Antônio do Içá, e é resultado de um esforço conjunto desenvolvido entre instituições de ensino e de fomento à pesquisa.
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