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Brasil e Japão discutem desafios contra Zika


21/07/2016

Maíra Menezes (IOC)

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Com o objetivo de construir parcerias em estudos sobre o vírus Zika, pesquisadores brasileiros e japoneses se reuniram em um workshop de dois dias e participaram de uma série de reuniões em Tóquio, no Japão, entre os dias 12 e 15 de julho. A pesquisadora Ana Bispo, chefe do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e o pesquisador André Siqueira, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), representaram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no encontro, que contou também com cientistas do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami, da Universidade Federal de Pernambuco (Lika/UFPE), além de pesquisadores de instituições japonesas. O evento foi organizado pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar e pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, com apoio da embaixada do Brasil no país. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Workshop em Tóquio foi o segundo encontro de pesquisadores brasileiros e japoneses com foco no vírus Zika. Primeira reunião ocorreu no Brasil, em março (Foto: Divulgação).

 

De acordo com Ana, a troca de experiências mostrou que há áreas de interesse para colaborações, como o desenvolvimento de testes sorológicos para diagnóstico da doença. No workshop, a pesquisadora abordou os aspectos conhecidos e os desafios que permanecem em relação ao vírus Zika. Ela também comentou a experiência do Laboratório de Flavivírus ao lidar com o patógeno emergente. A unidade, que é um dos laboratórios de referência para o Ministério da Saúde, foi a primeira a identificar o vírus Zika no líquido amniótico de gestantes cujos fetos tinham sido diagnosticados com microcefalia por exames de ultrassom. “O Japão não tem circulação do vírus Zika nesse momento, mas existe interesse em integrar o esforço global contra a doença. No workshop, pudemos perceber oportunidades para a colaboração, por exemplo, na busca por testes sorológicos sensíveis e específicos para diagnosticar a infecção. As parcerias são muito importantes para responder a inúmeros questionamentos que permanecem em relação ao agravo”, afirmou Ana.

Sem registrar epidemias de dengue há décadas, o Japão apresentou um surto da doença em 2014, com cerca de cem casos. Este ano, o país registrou casos importados de Zika, em indivíduos que viajaram para áreas com transmissão da doença. Além de participar do workshop, os pesquisadores brasileiros tiveram encontros com um representante do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem Estar do Japão e com o Embaixador do Brasil em Tóquio, André Corrêa do Lago. Os especialistas também visitaram o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, o Centro Nacional para a Saúde Global e a Medicina, a Agência de Cooperação Internacional do Japão e o Centro de Controle de Qualidade de Fujirebio.

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