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Manguinhos do Sonho à Vida: a ciência na Belle Époque

Manguinhos do Sonho à Vida

Autor/Coordenador: Jaime L. Benchimol

➡️ Veja aqui o vídeo de lançamento.

Em maio de 2020, a Fundação Oswaldo Cruz completou 120 anos de existência em meio à maior emergência sanitária do último século. Mais um entre os tantos desafios atravessados pela instituição que, diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, reforça a sua importância para a ciência, a inovação e as pesquisas em saúde pública no Brasil. Mesmo em um ano de inúmeras dificuldades e incertezas trazidas pela Covid-19, o aniversário da Fiocruz não passou em branco e, além de homenagens e ações de celebração, uma publicação especial sobre a sua história chega ao público em versão atualizada: a reimpressão comemorativa de Manguinhos do Sonho à Vida: a ciência na Belle Époque.

O livro foi coordenado e redigido pelo historiador Jaime Benchimol, pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). A primeira edição da obra foi lançada em 1990, pelo Departamento de Pesquisa da COC/Fiocruz, como parte das comemorações do aniversário de 90 anos da instituição. Além dos textos originais, novos prefácio e apresentação foram agregados à reimpressão, contextualizando a pertinência da republicação do título. 

A nova versão mantém os pilares do volume de 30 anos atrás, retratando as origens e a trajetória do Instituto Oswaldo Cruz nas primeiras décadas do século 20. Dividido em três partes, o livro aborda, na primeira delas, a história político-administrativa e o desenvolvimento da pesquisa, da produção e do ensino em Manguinhos. Em seguida, trata do complexo arquitetônico, remetendo-o ao contexto do ecletismo e das transformações urbanas. No último ensaio, recupera a figura e a obra do arquiteto de Manguinhos, o português Luiz de Morais Júnior, enfatizando especialmente seus projetos de caráter médico-sanitário.  

Benchimol faz questão de ressaltar não apenas o encantamento causado pelo extraordinário conjunto arquitetônico de Manguinhos - simbolizado especialmente pelo Castelo Mourisco -, mas também a importância da instituição para a ciência brasileira. "Esse é o aspecto mais fascinante da Fiocruz: desde o início ela teve um lado voltado para a pesquisa biomédica, uma outra vertente voltada para o ensino da microbiologia e das disciplinas daquilo que se instituía na época com o nome de medicina tropical. E havia também uma terceira vertente, que era a fabricação de produtos biológicos, a fabricação de soros e de vacinas para o tratamento e a prevenção de várias doenças. Esse é basicamente o tripé em que se apoia a Fiocruz até hoje", explica.   

Apesar de ser um lançamento comemorativo, Nísia Trindade Lima reforça a dificuldade de se falar em celebração em meio ao preocupante cenário de pandemia. Ela afirma, porém, que o sonho/projeto de Manguinhos continua a inspirar gerações de novos cientistas e pesquisadores. "Não é demasiado lembrar que a gênese da instituição esteve diretamente relacionada à crise sanitária do início do século XX, sobretudo ao surto de peste bubônica, mas a primeira geração de pesquisadores, sob a liderança de Oswaldo Cruz, ousou ir além da missão inicial do então Instituto Soroterápico Federal, e criar um efetivo centro de pesquisa. Também por essa razão, nos 120 anos da Fiocruz, voltar às origens nos permite entender a importância e os grandes desafios para as instituições de ciência em um país como o Brasil", analisa a presidente da Fiocruz. 

Sobre o autor/coordenador
Jaime Larry Benchimol é professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS/COC/Fiocruz) e do Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (PPGVida/Fiocruz Amazônia). É doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também concluiu graduação na área. É mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Coppe/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro do conselho editorial da Revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Autor e organizador de livros sobre história da saúde pela Editora Fiocruz, incluindo títulos sobre febre amarela, além de volumes especiais em homenagem ao Instituto Oswaldo Cruz e ao pesquisador Adolpho Lutz. Em 2020, publicou, pelas editoras Fiocruz e Fino Traço, o volume Uma História das Leishmanioses no Novo Mundo (fins do século XIX aos anos 1960), em coautoria com Denis Guedes Jogas Junior.  

R$ 50,00 (impresso) | R$ 30,00 (digital) | 320 páginas

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Reimpressão comemorativa: 2020
Edição original (Departamento de Pesquisa da Casa de Oswaldo Cruz): 1990
ISBN (impresso): 978-65-5708-023-8 
eISBN (digital): 978-65-5708-078-8

Prefácio à reimpressão comemorativa
Apresentação à reimpressão comemorativa
Manguinhos do Sonho à Vida: a ciência na Belle Époque
1. Origens e Evolução do Instituto Oswaldo Cruz no período 1899-1937
2. O Complexo Arquitetônico de Manguinhos
3. Luiz de Morais Júnior, Construtor de Manguinhos
Bibliografia

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