No âmbito da cooperação Sul-Sul, seguindo a orientação diplomática do governo, a Fiocruz desenvolveu o conceito de Diplomacia da Saúde para tratar das questões que transcendem as fronteiras nacionais e expõem os países às influências globais.
O conceito consiste em estabelecer políticas, reflexões e ações internacionais baseadas na ideia de que a saúde é um direito humano fundamental e representa um fator determinante do desenvolvimento.
A partir dessa premissa, a participação institucional da Fiocruz na política externa brasileira se orienta para a construção e a consolidação de estratégias baseadas no princípio da solidariedade internacional e na promoção da equidade em saúde.
A atuação da Fiocruz nesse campo inclui:
Ainda no âmbito da cooperação Sul-Sul, a Fiocruz implantou, por meio do Cris, a estratégia de cooperação estruturante, destinada à promoção predominante de ações que visam o desenvolvimento dos sistemas de saúde dos países parceiros.
A estratégia tem a finalidade de reforçar as instituições que apoiam a estruturação desses sistemas, incluindo os próprios Ministérios de Saúde, os Institutos Nacionais de Saúde, Centros de Formação em Saúde Pública e de Técnicos em Saúde, Centros de Atenção de Saúde e Complexos de Produção de Insumos, entre outros.
A cooperação se desenvolve por meio de parcerias, com planejamento estratégico compartilhado entre os países, levando em conta a realidade local, incluindo as necessidades e recursos próprios. Além disso, envolve a capacitação avançada de profissionais e a apropriação da governança, contribuindo para a sustentabilidade das melhorias alcançadas.
Com a orientação estratégica ancorada nos princípios da diplomacia de saúde e das ações estruturantes dos sistemas de saúde, a cooperação Sul-Sul proposta pela Fiocruz visa o alcance dos seguintes benefícios sociais: