“Estaríamos ficando cada vez mais doentes? Ou estaríamos a cada dia ficando mais saudáveis, já que gastamos mais com saúde?” Os autores partem desse questionamento para discutir a problemática da medicalização, sobretudo no que se refere ao sofrimento psíquico. Eles chamam atenção para o fato de que experiências comuns e naturais da nossa existência têm sido consideradas passíveis de serem 'tratadas' e 'resolvidas' com medicamentos.
O objetivo central do livro é contribuir para o entendimento das dimensões e estratégias do campo da saúde mental e de atenção psicossocial, bem como para a análise dos caminhos e tendências das políticas brasileiras nessa área. Na publicação, o autor faz uma reflexão sobre o percurso que vai das bases da psiquiatria – e do manicômio – aos projetos atuais, que buscam construir um "novo lugar" para as pessoas em sofrimento mental.
Nesta obra o leitor encontrará especialistas da área discutindo a reforma psiquiátrica brasileira nos seguintes aspectos: comunidade terapêutica; psicoterapia institucional; psiquiatria de setor; psiquiatria preventiva e comunitária; psiquiatria democrática; território; cidadania e doença mental; desvio e marginalização; história da psiquiatria; epidemiologia; planejamento em saúde mental.
Este valioso livro analisa cuidadosamente a evolução conceitual que orientou os movimentos antimanicomiais no Brasil nas décadas de 70/80. Nele, o leitor terá acesso a informações preciosas dos bastidores desta luta, as movimentações internas, tensões, divergências das diretrizes que marcaram a história destes movimentos. Este estudo mostra que refletir sobre o passado é um exercício para a construção do futuro.
Inspirado em uma fábula contada por Franco Basaglia, assim como em seu pensamento e ações, este trabalho introduz a discussão sobre o paradigma que instituiu a doença mental no campo dos saberes psiquiátricos e o asilo como o lugar da verdade médica sobre a loucura. Escrito em linguagem e estilo claros e acessíveis, o livro desenvolve-se em torno de algumas reflexões que têm como objetivo demarcar um campo epistemológico para a reforma psiquiátrica, no contexto teórico do debate contemporâneo dos saberes e das ciências.
Composta por textos históricos, filosóficos, antropológicos, sociológicos, clínicos, enfim, de diferentes abordagens relacionadas à área. O livro procura, em especial, dar prosseguimento às questões suscitadas pelos pensadores Michel Foucault e Franco Basaglia, visando a provocar um debate acerca dos modos de subjetivação vigentes em nossa sociedade, assim como propor alternativas aos processos de patologização da experiência trágica da loucura. Destaque para um documento histórico sobre a visita que Olavo Bilac fez à seção de crianças do Hospício Nacional de Alienados, em 1905.