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Projeto de paisagismo recupera espaços de lazer no campus Manguinhos

Imagem de paisagismo na Fiocruz

29/12/2014

Por Talita Barroco/Dirac

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Projetar um ambiente com plantas não é uma tarefa fácil, já que diversos fatores influenciam no trabalho, como a forma, harmonia, cor, textura, beleza e técnica. Um bom paisagismo leva em conta a integração com a arquitetura presente e os critérios de escolha das plantas que melhor se adaptam ao clima e à finalidade do ambiente. Atualmente, o paisagismo se funde às construções. Na Fiocruz, utiliza-se o verde para realçar as formas das edificações, disfarçar as imperfeições de terreno e tornar o ambiente de trabalho mais agradável.

Recentemente, duas áreas de grande circulação do campus Manguinhos passaram por um processo de revitalização: a área externa do Prédio de Laboratórios da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), ao lado da Central de Saneamento, e a Portaria de Pedestres da Avenida Brasil. A ação tem o objetivo de criar um cenário interno de sustentabilidade, proporcionando benefícios como a unificação da linguagem paisagística e a harmonização das áreas verdes. As novas áreas colaboram com a proteção do patrimônio natural de flora e fauna existentes, além de proporcionar um ambiente de bem-estar e saúde aos trabalhadores e visitantes.

Outro aspecto positivo está relacionado à economia de recursos da administração pública. O projeto utilizou apenas materiais reciclados ou de resquícios de obras do campus. “A intenção foi reaproveitar totalmente os materiais, em sinergia com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental”, ressalta a arquiteta e paisagista da Diretoria de Administração do Campus (Dirac) Cíntia Moreira. A vegetação foi toda produzida no Horto Fiocruz, com o composto proveniente do material da varrição do campus.

Os projetos executados mais recentemente foram de jardins no Museu da Vida e na Portaria de Pedestres da Avenida Brasil. Mais cinco áreas serão revitalizadas: Pavilhão Rockfeller, de Bio-Manguinhos; Pavilhão Osório de Almeida; Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp); container de Farmanguinhos; e a área ao lado do Banco do Brasil. Estão sendo feitos estudos para teto verde em veículos elétricos.

Mandalas

O jardim do prédio de laboratórios da Ensp estava com um quadro de degradação ambiental - erosão e ausência de recobrimento vegetal, que estavam afetando as árvores e deixando suas raízes muito expostas. A recuperação permitiu que o ambiente passasse a ser usado para descanso e bate-papo informal, como reivindicavam os trabalhadores do grupo Ideias para Mudar a Fiocruz, do Facebook.

Ao transitar pelo novo jardim podem-se perceber antigos materiais com novos usos, como os meios-fios de granito sobrepostos que servem como bancos. Os paralelepípedos e o pó de brita, sobra de obras, cobrem o solo do caminho para evitar novo processo de erosão, além de definir os locais de vegetação e passagem. O caminho informal cedeu espaço ao projeto de uma trilha de pedestres, que liga a Rua Belisário Penna aos fundos da edificação do antigo Politécnico, atualmente prédio de laboratórios da Ensp.

O projeto do jardim foi pensado como uma mandala, criada com o intuito de manter o histórico do uso da área para prática de meditação e ioga. O Departamento de Gestão Ambiental (DGA/Dirac) ressalta que o jardim foi executado exclusivamente com sobras de materiais de obras realizadas no campus. As espécies vegetais que produzem flor foram priorizadas, a partir das plantas já existentes no Horto Fiocruz. A sequência da mandala é formada pelo desenho artístico no próprio solo, onde os canteiros parecem labirintos de flores.

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