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Presença da saúde na Agenda de Desenvolvimento pós-2015 é tema de artigo


25/02/2015

Fonte: Informe Ensp

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Com o fim do prazo para alcançar os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para 2015, diversos países que estiveram reunidos na Conferência Rio+20 concordaram com a necessidade de estabelecer novas metas para o desenvolvimento humano. Essas metas se transformaram nos chamados Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que levaram o mundo a pensar em uma Agenda de Desenvolvimento pós-2015 que continue acompanhando os esforços propostos pelos ODM.

A saúde, que sempre esteve dentro dos Objetivos do Milênio, vai continuar marcada na agenda do desenvolvimento sustentável. Com objetivo de analisar de que forma ocorre essa presença da saúde na Agenda pós-2015, pesquisadores da Fiocruz escreveram artigo que aponta para necessidade de reformas na governança nacional e global, além de uma maior participação da sociedade civil para o alcance das metas.

O estudo descreve como se deu a presença da saúde na Agenda do Milênio (2000-2015), constituindo três dos oito ODM: redução das mortalidades infantil e materna, e combate ao HIV/AIDS e às doenças negligenciadas. Para os autores, também os demais ODM (redução da pobreza, ensino básico universal, igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres, sustentabilidade ambiental e estabelecimento de uma parceria mundial para o desenvolvimento) têm impacto sobre a saúde, por serem todos reconhecidos como capazes de atuar sobre alguns dos principais determinantes socioambientais.

Na Agenda do Desenvolvimento pós-2015, a saúde foi inclusa como um dos objetos das onze Consultas Temáticas Globais das Nações Unidas sobre ODS e também como tema das negociações intergovernamentais em andamento no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), na qualidade de provável ODS.

Dentre os principais temas do artigo está a exposição das posições divergentes entre os que defendem a cobertura universal em saúde como ODS - basicamente a Organização Mundial da Saúde (OMS) e aliados - e aqueles que entendem que o ODS Saúde deveria ser mais amplo, como seria assegurar vidas saudáveis e bem-estar para todos em todas as idades.

Os autores apontam algumas das características propostas e as que consideram necessárias à governança global para o desenvolvimento e a consecução dos ODS, incluindo o de saúde. Eles defendem que esta discussão está além do interesse exclusivamente global, pelos impactos que os acordos internacionais firmados no âmbito das Nações Unidas têm sobre as políticas nacionais de desenvolvimento. As decisões, acreditam, acabam por interferir significativamente na qualidade de vida das populações de todos os países do mundo.

O artigo, publicado na Revista Cadernos de Saúde Pública (Vol 30, Num 12) é assinado pelo pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e coordenador do Projeto Mosaico da Bocaina pela Fiocruz, Edmundo Gallo; pelos pesquisadores do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) Paulo Marchiori Buss, Danielly de Paiva Magalhães e Andréia Faraoni Freitas Setti; pelo pesquisador da Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz Francisco de Abreu Franco Netto; e pelos pesquisadores da Diretoria Regional de Brasília da Fiocruz e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Jorge Mesquita Huet Machado e Daniel Forsin Buss, respectivamente.

Acesse o artigo na íntegra.

 

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