Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Fiocruz Amazônia detecta primeiro caso do Zika vírus no Amazonas


27/11/2015

Fiocruz Amazônia

Compartilhar:

O laboratório do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) identificou, através de diagnóstico molecular, o primeiro caso do zika vírus no estado do Amazonas. A doença foi diagnosticada em uma mulher de 57 anos, que reside no bairro São José e, segundo a Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM), ela passa bem.

De acordo com o vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, a detecção do caso de zika foi realizada com o mesmo procedimento de análise para dengue e chikungunya. "Haviam algumas suspeitas e quando fizemos o teste deu positivo para zika e não para as outras doenças. Porém, um único caso não significa que o vírus esteja circulando no estado", explicou. 

O presidente da FVS-AM, Bernadino Albuquerque, informou que há uma nota técnica do órgão para todas as unidades de saúde. "Elas estão orientadas sobre o novo vírus e hoje já existem os postos de sentinela, que são a Fundação de Medicina Tropical, o Hospital Infantil da Compensa, o Hospital 28 de Agosto, e o particular Hospital Adventista. Além desses, todas as maternidades estão atentas quanto aos cuidados com as grávidas".  

Apesar do vírus ter sido apontado como uma das causas do aumento do número de casos de microcefalia no nordeste do país, a Fiocruz de Pernambuco, através de nota divulgada nesta quinta-feira (26), informou que não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia, que foi registrado em nove estados. As hipóteses estão sendo analisadas pelo Ministério da Saúde e, segundo a nota, qualquer conclusão neste momento é precipitada. "Aqui no Amazonas, a Fiocruz está trabalhando em parceria com a FVS, monitorando os possíveis casos de zika. Até o momento, não há nenhum aumento no número de casos de microcefalia no Estado", disse Naveca.

Prevenção

O zika vírus é da mesma família da dengue e da febre amarela, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas são semelhantes ao do dengue, mas a principal diferença são manchas avermelhadas na pele, semelhantes a uma alergia e com uma coceira intensa.

As medidas de prevenção para o zika vírus são as mesmas do combate a dengue, ficar atento ao acúmulo de água, pois são locais propícios para a criação e reprodução do mosquito Aedes aegypti. "O que se deve fazer é combater os vetores e criadores dos mosquitos e utilizar repelentes, principalmente as gestantes. Mas infelizmente a única medida é o controle do vetor", explicou. 

Até o momento, não há relatos que o zika vírus tenha causado morte.

Mais em outros sítios da Fiocruz

Voltar ao topoVoltar