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O que fazer em caso de interação medicamentosa


19/02/2015

Por Clarisse Castro/Portal Fiocruz

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Se um paciente perceber que, após o uso do remédio, algum efeito ruim se manifestou, a providência mais indicada é procurar um médico. Outra alternativa é buscar o serviço de farmacovigilância mais próximo de sua residência. Segundo a Anvisa, “farmacovigilância”  consiste no trabalho de acompanhamento do desempenho dos medicamentos que já estão no mercado. Suas ações são realizadas de forma compartilhada pelas vigilâncias sanitárias dos estados, municípios e pela própria Agência. A Rede Sentinela, por exemplo, foi criada para reunir hospitais com referência para notificação dos casos tanto de interação medicamentosa quando de reações alérgicas, dentre outros efeitos. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) faz parte dessa rede.

O farmacêutico que coordena o serviço, Eduardo Corsino, aponta que os relatos são de vários tipos: problemas dermatológicos, alguns tipos de sangramento, dores no estômago etc. O procedimento para fazer a notificação é responder a uma rápida entrevista padrão, que investiga as razões das queixas. O caso pode ser resolvido pelo próprio farmacêutico do serviço, ou, quando necessário, o médico que realizou o atendimento é acionado para que o caso seja discutido. Verifica-se então se será necessário ajustar a dose e alterar a interação.

É preciso lembrar, no entanto, que nem toda interação medicamentosa é ruim. Diversos medicamentos, inclusive, já são produzidos prevendo seu efeito combinado a outros fármacos, que podem potencializa-los. “Nem toda interação medicamentosa deve ser eliminada, porque pode ser um efeito do tratamento. O que se pode e deve fazer é tentar reduzir os transtornos dos sintomas para os pacientes”, explica Corsino.

As notificações são encaminhadas à Anvisa, que faz a sistematização e análise das queixas. Dependendo da quantidade e qualidade das queixas, o medicamento pode ser retirado do mercado. “A importância do que fazemos está relacionada à garantia da segurança para o paciente que está fazendo o uso de medicamentos. Qualquer remédio pode ser um veneno, se não for dosado e administrado de forma correta”, encerra o farmacêutico.

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